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sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Expresso não se dobra, o destino é que se adapta.

Dobrei-o para lhe dar o destino dos jornais já lidos. Na leitura do caderno principal do Expresso 2000, uma tarefa realizada com curiosidade pelas novas formas anunciadas, observa-se um refrescamento agradável, temos mais imagens que ilustram os temas, um assunto por página quando é exigível, publicidade à direita, e com as caras do costume.

Uma nova consciência jornalística? É cedo para foguetes, o Ricardo Costa não vai seguramente por aí, foi quase empurrado para as águas do Wikileaks, esclarece no editorial que “cumprirá as regras dos outros jornais”. E que se obriga a discutir os temas com as autoridades, quando necessário, afirma diligente e avisando como convêm.

Esta nova vida do Expresso nasce no momento cabalístico, virar o 2000 e vida nova, esta modernidade supersticiosa de gente modernaça arrepia como o ranger de portas em filme de terror, quem não quer não coma. O expresso passa e o seu estilo é norma para o resto do mundo jornalístico nacional, o mais que podem fazer é por os olhos no Rei.

Hoje no (I) Ana Gomes no seu melhor.

Acha que o processo Casa Pia influenciou a decisão de Jorge Sampaio de não convocar eleições, que levou à demissão de Ferro Rodrigues?

(Silêncio) É possível que sim, talvez inconscientemente também. Houve certamente pessoas que o Presidente Jorge Sampaio ouviu para quem isso era determinante. Sei que uma dessas pessoas foi, por exemplo, Jorge Coelho.

Não esperava a decisão de Jorge Sampaio?

Esperava que ele tomasse outra opção. Já conversei com ele e já lhe pedi desculpa pelo meu excesso de emotividade. Depois foi forçado a ir para eleições, o que não me admirou nada.

Armando Ramalho Há 40 minutos
Ana Gomes no seu melhor, uma no cravo outra na ferradura. Esta senhora entrou no PS como toda a gente sabe. Foi apresentada ao melhor estilo romano com uma entrada triunfal como sendo a magnifica presa do Ferro Rodrigues, foi directa a general. Tal qual o doutor de Coimbra quando Almeida Santos se referia a Vital Moreira. Ambos estão no que é uso dizer na mina é assim que na europa é conhecido o parlamento europeu, não por ser trabalho duro, mas sim por se ganhar ouro, tenha este a forma que tiver.Que lhes faça bom proveito, por mim afirmo que assinei a candidatura do Brotas e que lhe dê muito gozo a (ele). Para ser coerente devia afirmar que, se um dia tiver poder, mandaria para a prisão quem tivesse culpas no cartório. O tótó do Lélo é que é o mau da fita?Tenha mais coragem Ana Gomes e vá mais longe com a história do Jorge Coelho.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Até parece que sou bruxo, ver artigo sobre SMAS de Loures.

Do jornal i de 21 de fev de 2011

Os consumidores que não paguem a água a tempo vão passar a incorrer imediatamente em processo de execução fiscal, passando a pagar o dobro do valor que consta da factura. Até agora, os consumidores estavam sujeitos ao pagamento de juros de 1% ao mês.
Segundo avança o Correio da Manhã, este medida é imposta com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado de 2011.
Feitas as contas, se tiver uma factura no valor de 7,57 euros, por exemplo, passa a pagar 18,42 euros se esta for paga fora do prazo, refere um estudo da Câmara de Lagos, no Algarve.
"Com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado "deixa de haver um período de cobrança voluntária na tesouraria municipal apenas com acréscimo de juros, passando o pagamento, após o prazo, a efectuar-se somente em processo de execução fiscal, o que implica o pagamento adicional de encargos legais [custas processuais] ", afirma a Câmara de Lagos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

No fundo até fazia sentido se fosse verdade.

O vereador Paulo Aido exigiu a demissão do Vereador Mário Máximo segundo o artigo do Nova Odivelas de 18 de Fevereiro, os motivos aparentes são a não realização de uma feira comercial para a dinamização do comércio local, que o primeiro atribui à falta de competência do segundo.

O vereador Aido aparece em cena pela via das listas do PSD nas últimas eleições locais, uma lista atípica que não incluiu em primeira linha as figuras cimeiras da estrutura local. O primeiro desta lista tem por hábito não frequentar as assembleias municipais e, como raramente temos conhecimento das suas actividades políticas, considerava que os eleitos PSD ocasionais estariam somente a cumprir calendário.

Esta investida do vereador Aido é muito estranha, e retirando o belo efeito nada poderá acontecer ao influente Máximo, senhor de dons políticos já revelados, mas ainda com super poderes ocultos, que em breve revelará os seus efeitos máximos dentro do novo alinhamento eleitoral no PS local.

Considero o vereador Aido uma personalidade segura e bem estruturada, mas, de um ponto de vista político, não lhe vejo futuro fora de uma estrutura partidária, constava que existiriam negociações para um lugar no executivo. Seria natural que a presidente vendo as eleições se aproximando, e não querendo seguramente abrir espaço a actores internos fora da sua estrutura nuclear, realizaria uma jogada de mestre, desguarnecia a oposição que não vai deixar de se agitar no momento chegado, por um lado, e por outro introduziria no seu reduto uma agitação de conflito e de suspeita política, como é óbvio.

O que falhou nesta minha especulação? Segundo me é dado imaginar, observando ou suspeitando de tais cenários temos a fonte deste desaguisado público, Mário Máximo não é trouxa, e daí a impor a sua força foi o resultado que se vê, “meu deus que não há feira”.

Com todo o respeito pelas reais e verdadeiras intenções do vereador Aido e considerando a sua análise e argumentos correctos na forma, tire o cavalinho da chuva, para já pelo menos, espere que o seu opositor se estampe “politicamente como é evidente” não vá o diabo tecê-las, pois o homem já se conduz a si mesmo, ou porque é mais seguro ou pelas paredes terem ouvidos.

Odivelas fev de 2011
armando ramalho

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Carta aberta sobre os meus velhos camaradas de partido.

Nestes últimos dias pelas páginas dos jornais dois deles trocaram desta forma as suas divergentes atitudes para com o estado a que isto chegou, ou seja, cada qual agarrou o tema pela vertente que melhor lhe poderia servir.

Natural que assim seja, de um lado o presidente do partido Almeida Santos homem de fino trato e de elevado gabarito intelectual, político ao melhor estilo de Richelieu, jurista de fino estilo e orador de irrepreensível prosa, insubmergível nas vicissitudes desta vida muito complicada de negócios, mentiras e traições que as altas esferas praticam com elevada frequência e sem nojo das consequências em que são mestres no aliviar de culpas.

Henrique Neto do outro lado da barricada,pois o tema virou em quase estado de guerra, um militante socialista fora do aparelho partidário, proprietário a justo título da mais relevante posição de anti-sistema, homem de fábrica, conhecedor de todos os degraus desta vida difícil para quem nasce pobre, duro no trato, sem rodriguinhos na forma, objectivo como aqueles que não têm tempo a perder, as formas só magoam quem aí se detiver, são detalhes com pouca valia na substância, têm por fundo a dor do engano, a mágoa do logro, palavra de rei, de honra, como político fora do seu tempo, onde as conveniências são regra.

Gosto especialmente de ambos, mais por sempre admirar e ignorar os que os faz agir e porque teimam nos seus papéis. São as mais das vezes homens úteis, seguramente conscientes da legitimidade dos seus actos e seguros da sua imprescindível valia nesta vida política que animam e de que se alimentam, sabem, estou disso convicto, que são usados, dando conforto aos pólos opostos desta louca barganha, viciada e triste.

Dos velhos camaradas que já partiram recordo o exemplo, para mim maior, do Tito de Morais, militámos os dois numa humilde secção de bairro desta nossa capital, e como era reconfortante para a minha irrequieta juventude a sua ternura num deserto de anuências.

Um momento de camaradagem, que nunca esquecerei, prenhe de algo indescritível, quando o dirigiam à mesa de voto, numas vulgares eleições internas, instalada num Hotel perto da avenida de Roma, numa maca, pois a sua longa existência física a isso o obrigava, me estendeu a sua mão amiga e comida da fraqueza dos anos, me segredou “Ramalho quem são os nossos?”, não me recordo o que lhe disse, hoje sei que ele será eternamente dos meus.

Espero continuar a considera-los como também dos meus.

Lisboa, Fevereiro de 2011


Armando Ramalho

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uf…. Mubarak, já “foste”!

Mais um que cantava de galo, ainda ontem na TV parecia de pedra e cal, autoritário como todos os tiranos, o povo enroscou-se sobre si próprio, hoje fez-se luz no belo país.

De um lado os tankes de guerra do outro as pedras e o suor. O desespero, as mortes, a fome de um povo de descamisados, o mundo vai conhecer outros dias de aflição para as bandas do Egipto, o problema não será mais Mubarak mas a estrutura e a forma de agir e pensar de uma clik que viveu à sombra de um ditador.

Enquanto durar a liberdade que aproveitem, têm todo o direito do mundo a fazer justiça pelos anos de miséria e de dor sobre a bota dos militares opressores.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

“pai mata advogado com seis tiros”.

Na primeira viagem ao Brasil julguei-me, por vezes, dentro dos livros de história, em especial no momento em que pela praia deserta olhava o mar na direcção da Europa, pensando no que teriam sentido os portugueses da época dos descobrimentos, com o sentimento de distância, seguramente muito mais consistente que o nosso da era do jacto.

Vem isto a propósito do relato desta corja de jornalistas que vivem para títulos como o merceeiro vive para os preços simbólicos, do qualquer coisa e 99. A psicologia vem dar razão a quem marca preços ilusórios com os 99 e não sei quantos, dizem que quem lê interioriza menos que cem. Os culpados em última análise é quem lê assim, muito bem.

Um título jornalístico de hoje no Expresso levou-me a ler o artigo todo. Fui enganado. Como reza é assim: “pai mata advogado com seis tiros”. O que se pode deduzir deste título?

Um pai mata advogado a tiro, e por razão do nosso subconsciente a questão é posta: o que terá feito o pobre? Lida a notícia, nada de substancial como advogado, pois a realidade é a de um crime em família e a profissão de advogado ser totalmente colateral.

Um sogro mata o genro ponto final, ser advogado ou não é totalmente secundário,
assim como a profissão da filha do assassino, o facto de ser juíza só pode ter relevância social, nada mais.

Um palavrão de indignação para estes jornalistas de meia tigela: vão para a pata que os pôs, como diria a minha avó.

O poder paternal foi sumariamente resolvido por um sexagenário com a profissão de engenheiro, muito mais rápido que um supersónico tribunal.

Moral da história: ainda há quem diga que as classes baixas são violentas, estas não se matam a tiro pela a guarda dos filhos, quem quiser que os crie, e ainda bem.

Ser advogado só complicou a vida ao reformado engenheiro?


armando ramalho

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O erro de Manuela F. Leite e de Marcelo R. de Sousa.

Estas eminentes figuras da nossa praça política ao considerarem que o tema levantado nos jornais por Jorge Lacão, ministro dos assuntos parlamentares deste governo de vésperas, sobre a queda de 230 para 180 deputados no parlamento nacional, ser este um efeito de diversão. Estão a léguas do xadrez político que a cabeça de mini Maquiavel socialista é capaz de engendrar.

O que faz mover JL não é mais um frete ao chefe, este ser político nunca se enganou nem no tempo nem no modo quando faz lances de aposta para que lado vai corre o mel e o leite, as recompensas políticas como é óbvio.

Basta ver a reacção corporativista do líder da bancada, um ser tiquoso com trejeitos de mau da fita, que não é, como se sabe, embora há tempos tenha sido sovado como tal pelos seus colegas desavindos de Felgueiras. A sua atitude em pleno parlamento revela o mais amplo desprezo do que é a vontade colectiva do partido no seu todo, como esta se deve formar e manifestar, gesto mais que repelente, do meu ponto de vista, pela forma como vejo o dever ser de um responsável político de primeiro nível, como é o caso de um líder de bancada.

Se remetesse a sua opinião para os órgãos de direito do partido estaria certo, assim revelou ser um homem de mão daqueles que sentem na proposta do ministro uma ameaça aos seus interesses mais mesquinhos e ilegítimos em democracia.

Só o partido na sua globalidade deve determinar quando e como os temas mais nobres da representação política nacional devem passar para a agenda e nunca o líder parlamentar. Dar por encerrado este especial assunto, não é da sua competência e atribuições. O Lacão tem revelado muita profundidade no subsolo da manha política partidária, nesta bisonha tarefa aposto nele, quem quiser que se cuide.

Batista Bastos, na sua crónica no Diário de Noticias de hoje, dá um retrato muito certeiro do PS tal e qual é nos nossos dias, quem conhece o partido e os artistas em cartaz só o pode acompanhar com tristeza na alma é certo, no forte recorte realista do infortúnio que é ser socialista com tal corja de manhosos. O nosso Egipto já.

Manuel Maria Carrilho, no mesmo jornal, com uma forma mais intelectualizada, aborda o prospectivo posicionamento político do que pode estar reservado ao partido se não mudar de rumo, se não acordarem para a substância do dever ser da política partidária.

Quando denuncia a armadilha do convite sinistro que lhe lançam para se apresentar a votos, citando o presidente e companhia, revela lucidez. Mas, quanto ao mais, a coragem física e o desassombro com que lida com o poder é conhecido, não é de agora, sei que a tem em dose bastante, o problema é de a sua imagem estar feita como político distante da vida das pessoas comuns, a sua proposta política não acerta com os desejos de quem vota.

Um partido nas bocas do mundo, como diz o povo, não é por boas razões seguramente.

Lisboa 4 de Janeiro de 2010
Armando Ramalho

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O muro de Berlim em Odivelas.

Quando foi criado o nosso município, já lá vai muito tempo, durante os três anos de comissão instaladora, deveria ser este o momento certo para concluir a partilha total das realidades subjacentes à instalação da nova autarquia com Loures.

Mas se nada foi feito neste período, no mandato seguinte, no que se lhe sucedeu e ainda neste em curso, com representações variáveis dos três partidos representados na câmara, a indiferença persistiu, o tratado de Tordesilhas que se eterniza tinha e tem várias conveniências, umas mais confessáveis que outras. O que estava e está em causa são os serviços do SMAS, ou seja, a recolha dos lixos e o fornecimento das águas.

Poucos sabem a verdadeira razão porque continua tudo como dantes, eu sei de algumas e desconfio de outras, objectivamente, porque abordo agora publicamente este problema? Creio ter legitimidade acrescida pois considero ter tido algum papel, embora mínimo, na separação política do concelho de Loures e na criação do de Odivelas.

Outras razões de ordem egoísta são certas, por sofrer com a ruinosa situação de uma gestão no mínimo ridícula nas áreas do concelho de Odivelas onde habito.

Vejamos pois o que se passa, quando a data de uma factura dos serviços expira ao sábado seria normal que o ultimo dia para o seu pagamento passasse para a segunda-feira seguinte, mas não, nem no próprio sábado já é possível efectuar pagamento por meios informáticos, o serviço bloqueia. Razões para esta aberrante atitude gestatória? Possivelmente o valor dos juros que passam a constar na factura seguinte, mas a ser assim, para que obrigar os clientes a uma deslocação punitiva aos serviços para a sua liquidação, perdendo tempo, infligindo arrelias mais que ilegítimas que roem a saúde.

Se é de receitas que se trata, devem deixar correr o marfim, pois os juros que praticam são da ordem dos 1,5 % ao dia, a não ser que tenham incluído um taxa neste valor, uma multa, correctamente falando, mas nem para uma coisa nem outra têm legitimidade,
as doutas cabeças dão um titulo pouco descritivo de “serviços prestados/juros de mora”, como se de um empréstimo financeiro se tratasse.

O paroxismo, a sua maior intensidade, da aberrante situação gestatória dos serviços ocorre neste momento, os serviços estão em greve por cinco dias, os trabalhadores lá terão as suas razões, acresce que não temos serviço de águas por mais um rebentamento de condutas, caso que se repete com uma frequência pouco digna de uma gestão previdente.

Vamos ter um “Haiti” à porta de casa, montanhas de lixo à volta dos caixotes, e sem água nas habitações até quando? Este regabofe colonial de Loures vai durar até quando? Nem desculpas nem descontos nestes casos na factura seguinte. É obra.

Por alguma razão os idealistas da criação de um novo concelho, pela separação politica da coisa pública com Loures, para nos retirarmos das práticas distantes do poder em Loures, estão todos na clandestinidade da participação politica concelhia. Porque será?


Armando Ramalho

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

“Onde estão os homens?”

Caro Senhor Henrique Monteiro

O seu artigo de hoje no Expresso “ Sinais de Declínio Ou Mudança?” é bem claro e segue a substância do título, de facto, analisa as motivações e os últimos resultados eleitorais e retira daí as suas conclusões.
Nada contra e direi mesmo que não estou longe de me considerar partidário das quase óbvias leituras que faz, só que, ao esticar o artigo para a especulação política e da forma mais conveniente da sua reorganização, ficou reduzido a uma quase nulidade argumentativa, porque não funda em nada a sua especulação.
Não revela bases académicas para suportar as suas propostas, quais as leituras de estudo em que funda as suas ligeiras opiniões, quais os critérios e as análises de casos com alguma semelhança, creia que jeitinho e umas "larachas" elaboradas no café com os amigos não abonam em nada um jornal que se quer de referência.
Termina, e é este o motivo porque lhe dirijo esta missiva, perguntando “Onde estão os homens?”, creio que o sentido do seu epílogo é o de que o Sócrates não tem oponentes porque não há homens com coragem política dentro do partido socialista.
É aqui que estou em total oposição às suas considerações, há homens dentro e fora do partido socialista, posso garantir-lhe sem medo de ser contraditado.
Há bem pouco tempo, num programa da SIC, o Expresso da meia-noite, vi e ouviu, toda a mesa a concordar com a jornalista da TSF, em catarse seguramente, que seriam os senhores jornalistas os verdadeiros culpados da fraca qualidade das alternativas partidárias.(onde estava incluído)
É um facto que quem decide quem é quem no circo mediático e da forma como se faz política no nosso país são os senhores jornalistas, esquecem ou nunca souberam, como em Paris ao Mário Soares davam o mesmo tratamento, só um sobredotado como ele pôde apanhar o comboio da história, não conheço mais nenhum.
Direi que ao recusarem antena “aos lunáticos e idealistas que lhes batem à porta”, foi a vossa expressão, estão a plantar no verdadeiro deserto das alternativas os aprendizes de tiranos que aguardam na fila o total apodrecimento das situações, no remanso das mordomias do sistema, pensei que tinham convictamente acordado para a realidade de que são os principais responsáveis. Mas não, saiu este “onde estão os homens”? É no mínimo triste e balofo, mas assumo o seu desafio.
Tenha o senhor coragem para falar comigo, dos anos que levo de partido, quase fundador, a licenciatura e o mestrado que obtive em ciência politica, na Católica e no ISCSP, as eleições que já disputei no interior do partido, proposto por mais de 800 militantes de Lisboa e perto de 20% dos votos em directas, quer contra o Jorge Coelho ou Edite Estrela para a estrutura partidária. O ter apresentado uma pré- -candidatura a secretário-geral do partido socialista nas últimas eleições etc, não fez o Expresso cair do pedestal onde se coloca, foi só silêncio, fruto da conveniência ou só incompetência?

Que lhes faça bom proveito a auto-suficiência que alardam, são majestáticos com a vossa atitude, mas por favor não se queixe de que não há homens. Ninguém tem coragem de defrontar Sócrates, afirma desafiante. Tenha dó de si e da sua coragem.

Armando Ramalho