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domingo, 30 de dezembro de 2012

Grande Academia dos Burlões



Porque sim…
Que se forme a Grande Academia dos Burlões, Doutorados em Expresso e Catedráticos pelo Expresso da meia-noite (vigaristas tipo BPN são admitidos com provas públicas de 10 Milhões de euros/fraude).
No Expresso da meia-noite, onde o Artur “ Grande Mestre Burlão” bateu aos pontos os meninos família, que exportam água com alguma coisa misturada e moléculas que caíram no domínio público, todos lembram ainda as conversas de café, números, nomes e temas. E guardam secretamente o desejo que o homem tenha razão, e que seria bem possível sustentar muito do que foi afirmado por ele.
Do expresso seguinte, isto é, ontem 29 de dezembro, dou um doce a quem diga o nome de um só personagem, ou a mensagem que restou de uma hora de conversa da treta, onde o mais sério que se retém é que fazia muita falta uma bola de cristal. Ora bolas para os verdadeiros catedráticos. Tirando a menina do prémio americano, mais bonita e doce seria crime, só resta a azeda da reformada embrulhada no século passado, ou melhor de 1800 e muitos para a frente, com parte do século pós 25 de Abril como testemunha, o que teve muita graça.
A grande promessa do Sr. Diretor todo-poderoso é que as coisas não se vão repetir, com uma convicção de Rei em cerimónia de investidura. Todos vão passar ao crivo da validação de canudos. Triste país onde as ideias só pesam se tiverem um rótulo de “made in catedrático”, de preferência na reserva absoluta, doutro modo ainda pode estar a defender interesses ínvios.
Ter opinião não basta, ser coerente e útil muito menos, se tiver algo a ver com coragem e convicções é seguramente menor e de gente desesperada. Sr. Prof. Doutor faça o favor….

BOM ANO NOVO PARA TODOS.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O “Cristo” deste Natal



Como é bom viver em Portugal! Tenho um clima de paraíso de fazer inveja aos radicais que “vão desta para melhor”, como diria a minha bisavó. Não tenho as centenas de virgens à minha espera neste verdadeiro éden que são os campos de golfe deste jardim à beira mar plantado, onde me deleito por encantos vários de uma natureza sem par. Também não me são devidas as virgens, que se bem julgo, devem ser da cor do mel, que só de ver se imagina a pureza. Como não fiz em bocados dezenas de vítimas sem culpa alguma, quer por estupidez humana ou crença alheia, por mim ninguém chora os seus mortos, nem uma pobre ratazana que se atravesse diante merece tal sorte.
Conheço há muito o “Cristo” deste Natal absolutamente cristão, um génio saído do nada. Eram os milagres de uma análise sem falhas, o homem sabia do que falava. Quase milagre. Uma ONU aqui bem perto e nós sem a vermos. Um filão, mas alguém lá para os lados dos “negócios estrangeiros”, com tempo e manha, considerou que era melhor proteger o “rebanho”, pois havia lobo por perto e este sabia da poda. Bem ao gosto dos vendilhões do templo, temos que fazer “justiça”, coisa rápida, um raio não era mais eficaz, tiro e queda como diria o “Zé “ da espingardaria, “caiu que nem um tordo”. Paz à sua alma.
Como sempre salvamos os Barrabás às dezenas, a saber: padres que se deitam na cama dos meninos internados “à sua guarda”, como se dizia em velho direito, os melhores banqueiros do país apanhados em fuga de capitais sonegados aos impostos, um vice-primeiro-ministro que se fazia passar por doutor com consciência de burlão, e que continua ministro, autarcas que se vão candidatar em violação de lei a quarto mandato, “vão pregar noutra freguesia”, capitalistas falidos a quem ninguém pede contas, por bênçãos várias sentem-se confortados neste paraíso na terra. Minto? Claro que não.
 JUSTIÇA, senhores justiça, temos aqui um BURLÂO que ousou enganar os pobres crentes da melhor informação toda-poderosa, ponham-se em fila para que se possam ver bem, um, dois, tantos. Quais romanos colonizadores do país das Alices, querem vingança, pois bem, vamos a contas. Este pobre que querem pregado na cruz, que fez ele? Botou conhecimento sem desmentido, por culpa vossa, césares de quarta ordem desta civilização ocidental que despreza os selvagens, mas que se comem vivos por esse mundo de além e de aquém.
Quem se arma de pretensos poderes, para que a sua ciência seja considerada, pode sempre ver-se no mato sem cão. Se em boa hora o “CRISTO DESTE NATAL” se tivesse lembrado da inspiração divina, era o bom e o bonito, quem o desmentiria? É muito fácil fazer desaparecer registos. Estas histórias são pragas, é o que mais há por aí: a dos submarinos ainda são “dores tamanhas”, e não só, a vida das pessoas também, preso há dez anos? É só rir. Devo tê-lo vistos por aí nas precárias, seguramente.
E que tal uma indemnizaçãozinha por ofensa ao bom nome? Força na peça MEU CARO, o mais certo é serem os africamos ou os chineses, futuros donos desta choldra a pagarem a fatura.

Lisboa 24 de Dezembro de 2012

Armando Ramalho

domingo, 23 de dezembro de 2012

...de humano nada tem...



Véspera de Natal, tempo de sobra para arrumar o que devia estar feito há muito. Este homem não existe? Enquanto ligava ao meu barbeiro, e passando os olhos pelos jornais na net, vi que foram propostos ao presidente da república 205 processos pela comissão de revisão de penas, e concedidos apenas dois. O “perdão não é mais do que isso mesmo”, uma revisão de penas de prisão. Estou? Bom dia, tem uma vaga para hoje? Não, só amanhã, tenho às onze, quer? Não, obrigado, amanhã digo-lhe. Ainda não lhe liguei, mas como tenho que voltar a cortar o cabelo, vai ser certo e sabido, pois o homem não esquece que lhe dei uma nega, vou ter que lhe justificar a minha “traição”. Pensando…se eu tenho que dar conta de uma falha na relação que dura, com vantagens reciprocas é certo, com o meu barbeiro, quem diabo pensa que é este ser, que de humano nada tem, para não se justificar perante o país da sua avareza na concessão de uma redução de penas?  
Não lhe passa seguramente pela sua justiceira, pouco culta e democrática moleirinha, que as “suas” funções não lhe pertencem, são a representação de todos nós, e, seguramente “todos nós”, somos muito mais humanos do que este sujeito. Explique, porque são devidas explicações, que raio de povo tão justiceiro pensa representar, para só conceder 2 (dois) perdões, quando a comissão considerou capazes 205. É muito triste para mim ter de o considerar como Chefe de Estado do meu País. O senhor não é, senão, o ainda chefe do estado a que isto chegou. 
Eu sei, pois já tenho mais de que a conta em idade, par aferir qualquer tipo criminológico à distância, um mandato e mais qualquer coisinha é tempo de sobra. O senhor não teria o meu perdão natalício se de mim tal dependesse, não por não ter humanidade, não, quero é ser justo consigo e dar-lhe a beber do veneno com que nos gratifica com as suas manias de grande “justo”. Aplicar-lhe os seus critérios pode não ser de elevada justiça, mas tinha a sua piada.
Que o seu natal, caro senhor, seja perturbado pelo fantasma de algum justo que merecia o perdão generoso de um Presidente com Alma Grande e não o teve neste Natal em nome da sua inqualificável desmesura e falsa moralidade do agrado do seu “povo” imaginário.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Caro A.C.P. e amigos




O seu texto é claro e pode muito bem ser partilhado por muito boa gente. Mas, como bem sabe, o sistema democrático, melhor dizendo, a prática partidária do nosso país está efetivamente dando sinais de stresse importantes, em especial nos dois grandes, PS e PSD.
Que fazer? A sua proposta de um novo partido não é descabida, mas dado os exemplos passados creio que não é de tentar, pelo menos sem estarem criadas as condições mínimas de sucesso. Para se criar um novo partido com alguma adesão, deve-se, primeiro estabelecer um ambiente de rutura e conflito no interior do nosso partido. É o que se pode fazer de imediato sem grandes custos políticos. Fazer dentro do nosso partido o que deve ser feito, ou seja, este SG não serve nem ao partido em si, e muito menos ao país.
Agregada massa crítica, então partir para outra, mas já com um capital ideológico polarizado e devidamente divulgado e com significativas adesões. E aí chegados, ou um novo partido ou uma tendência, que pode negociar o seu espaço de intervenção internamente.
Uns dirão, como sempre, que é melhor esperar um D. Sebastião, mas temos seguramente e muito breve, um exército de descamisados que se vão por ao caminho, com ou sem enquadramento político ou ideológico, com ou sem vedetas.
 Um tema à vossa consideração.
ar


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A TV e os nossos dias.



Não faz sentido algum nos dias de hoje a expressão a “caixa que mudou o mundo”. Perpassa um arrepio só de pensar como era sinónimo de novidade e modernismo, senão mesmo clarividência politica há meia dúzia de anos, opinar sobre os benefícios do progresso tecnológico e os contributos que tal objeto representaria para o futuro radioso da vida em comunidade, totalmente informada, culta, civilizada, harmoniosamente globalizada.
Já não é caixa, é mais moldura, interiorizada por muitos como um ser vivo com vontade própria. O meu propósito é sem dúvida alguma desconstruir ideias feitas sobre o futuro da “coisa”, mas por ora limitemo-nos aos positivos efeitos de se dispor de um colossal arsenal de informação em tempo real, e o que se pode processar de efeitos práticos no sentido económico e político.
Um elemento isolado, um átomo selecionado no turbilhão diário pelo critério da utilidade e competência reconhecida do mensageiro televisivo, pode bem fazer a diferença de uma vida, como a pepita que se revela ao desanimado garimpeiro que desespera perante tamanho deserto de ideias de que é feita a política nacional, menor e vazia, que diariamente nos massacra e destina ao triste vazio a existência pátria. Só pode ser essa a razão de ficarmos colados a esta relação equívoca, retiramos prazer por termos esperança.
A pepita televisiva veio da forma prevista, sabida de véspera por anúncio no mesmo programa da “passagem” por ali do Prof. Vera Cruz Pinto num “face a face” de 30 minutos com a famosa Campos Ferreira do Prós e Contras, também apresentadora do canal público no cabo, em serviço de rebocador de audiências, entalada no horário dos programas vedeta da SIC N e da TVI 24.
Vera Cruz foi à oral, era sabido e foi confessado que tinha pavor “daquela coisa” como justificação das recusas aos insistentes convites que lhe têm vindo a ser dirigidos há longa data. Não ouve rasgo nas questões. Poucas foram necessárias como bem observou. O orador dispensou trivialidades e banalidades costumeiras em académicos agarrados à imagem que de si próprios têm.  
Entrou com simplicidade desconcertante e sem grandes piruetas eloquentes por caminhos secretos da alma e da vida, mas ficou-se pela divisão da entrada, deixando antever os vastos domínios, de que só os iniciados atentos no relacionamento com o personagem poderiam ter provocado a revelação. Ficaram nítidas as múltiplas facetas do seu saber, de uma vida partilhada com clássicos gregos e romanos, mesmo de alguns modernos é íntimo, um feixe de linhas que fugiram a uma interlocutora mais admirativa que inquisidora, embevecida, fora do seu registo habitual de controladora e dominadora do tema e do espaço.
Ficou nitidamente perplexa perante o manancial e o potencial da figura que tinha pela frente, via a fluidez discursiva desenvolta, sacudindo ideias feitas da crise, denunciando com a firmeza dos convictos os entraves ao seu mister, espraiando um sotaque que não disfarçava as origens africanas, separando o trigo do joio com a leveza de uma pena. Tudo isto em levas de conforto desinibido mas com pudor e prudência, um mestre do saber académico, um humanista prático, como diria um poeta, amassado na vida começada cedo, intensa e bem resolvida ou quase.
A “coisa” mudou o mundo para melhor? Talvez. Decididamente resolve as dúvidas da ignorância. Informa em direto, Obama eleito em direto uma boa notícia, o congresso chinês em direto uma real expectativa, o Vera Cruz Pinto em direto uma certeza, um mundo melhor? Veremos.
                                                        FDL armando ramalho
                                               Lisboa 14 de Novembro de 2012