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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Status Quo



Ficaram todos nas suas áreas de conforto. O Costa já sabe quanto vale, os socráticos consolidaram sua quota no mercado partidário e o Tóze ficou como fiel depositário.
A política no seu melhor é a arte do maior benefício ao menor custo. A vida e a vitalidade eleitoral do partido não conta para nada, o que todos querem é continuar na doce vidinha, uns com mais legitimidade do que outros, mas todos preferiram não se queimarem num jogo de clareza que o país precisa.
Os portugueses sabem que os seus interesses arderam nas conveniências de uns e de outros. Talvez agora se lembrem que os seus interesses são de outra ordem.
Viva a unidade, solidariedade e fraternidade.

Lisboa 30 de janeiro 2013
Armando Ramalho

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lisboa já está a arder?



Tempo incerto neste meio de janeiro, quase chuva, ajuda a sentimentos de desconforto. Ontem via TV o Freitas encomendou a lápide do Primeiro, dando-lhe um título em concordância geral, “ O homem não tem ponta de saber ou jeito político”. Mário Soares tinha visto outra coisa (mas já confessou arrependimento). Sobre o adjunto Relvas disse o que não se diz do rafeiro do vizinho, “cheira mal este tipo ainda estar no Governo”. Faltou coragem para chamar louco ao número dois, o das finanças, mas andou lá perto. Lisboa está a arder? Ainda não, mas para lá caminha. O Freitas acredita, e eu também, que o tipo além de louco não gosta do país nem das pessoas, quer que elas sofram dos males próprios e alheios, e que paguem todos pela medida mais grossa possível. É uma convicção ajuizada de um homem em plena forma política. Pobre do Freitas se o ministro Gaspar o convoca para reformador do estado em que isto vai seguramente ficar. Será que o país já ardeu e nós não sabemos? É muito possível, mas faltam as provas, onde estão as cinzas? Gaspar garante que todos vão ter direito às suas cinzas e às alheias na justa medida da distribuição do PIB negativo que todos devemos. Lisboa não vai arder para já, afirma Vítor Bento, o sábio adjunto do Cavaco, mais conhecido por só dizer o óbvio. Os portugueses não podem arder pois não têm consciência de que podem arder mesmo. A consciência da crise? Como é possível esta gente ainda não se ter dado conta? Um país de gente sem tino que não sabe o dinheiro que não tem? É bem possível, eu também não me apercebo que me falta dinheiro, não tenho consciência, é isso. Estou muito mais descansado, vou esperar até ela aparecer, a consciência claro.