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domingo, 23 de dezembro de 2012

...de humano nada tem...



Véspera de Natal, tempo de sobra para arrumar o que devia estar feito há muito. Este homem não existe? Enquanto ligava ao meu barbeiro, e passando os olhos pelos jornais na net, vi que foram propostos ao presidente da república 205 processos pela comissão de revisão de penas, e concedidos apenas dois. O “perdão não é mais do que isso mesmo”, uma revisão de penas de prisão. Estou? Bom dia, tem uma vaga para hoje? Não, só amanhã, tenho às onze, quer? Não, obrigado, amanhã digo-lhe. Ainda não lhe liguei, mas como tenho que voltar a cortar o cabelo, vai ser certo e sabido, pois o homem não esquece que lhe dei uma nega, vou ter que lhe justificar a minha “traição”. Pensando…se eu tenho que dar conta de uma falha na relação que dura, com vantagens reciprocas é certo, com o meu barbeiro, quem diabo pensa que é este ser, que de humano nada tem, para não se justificar perante o país da sua avareza na concessão de uma redução de penas?  
Não lhe passa seguramente pela sua justiceira, pouco culta e democrática moleirinha, que as “suas” funções não lhe pertencem, são a representação de todos nós, e, seguramente “todos nós”, somos muito mais humanos do que este sujeito. Explique, porque são devidas explicações, que raio de povo tão justiceiro pensa representar, para só conceder 2 (dois) perdões, quando a comissão considerou capazes 205. É muito triste para mim ter de o considerar como Chefe de Estado do meu País. O senhor não é, senão, o ainda chefe do estado a que isto chegou. 
Eu sei, pois já tenho mais de que a conta em idade, par aferir qualquer tipo criminológico à distância, um mandato e mais qualquer coisinha é tempo de sobra. O senhor não teria o meu perdão natalício se de mim tal dependesse, não por não ter humanidade, não, quero é ser justo consigo e dar-lhe a beber do veneno com que nos gratifica com as suas manias de grande “justo”. Aplicar-lhe os seus critérios pode não ser de elevada justiça, mas tinha a sua piada.
Que o seu natal, caro senhor, seja perturbado pelo fantasma de algum justo que merecia o perdão generoso de um Presidente com Alma Grande e não o teve neste Natal em nome da sua inqualificável desmesura e falsa moralidade do agrado do seu “povo” imaginário.

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