É um estranho sentimento, cada vez mais frequente, penso que os nossos políticos estão brincando como crianças, já não medem as consequências dos seus actos e seus efeitos na opinião pública, estão no perfeito estado da irresponsabilidade.
Não consigo aferir se sou eu que estou ficando muito maduro e lúcido se são eles que estão a ficar infantilizados por se terem habituado à inimputabilidade das suas condutas, possivelmente conscientes de que o país se tornou o seu jardim-de-infância, e que é um direito seu comportarem-se como tal.
Uma das bizarrias que afere este juízo é dada pela notícia dos jornais de hoje. Um senhor deputado que é nacionalmente conhecido por ter metido no seu bolso uns gravadores de um jornalista em pleno Parlamento, exercendo as funções de vice-presidente da bancada do Partido Socialista, informa o país que até estaria de acordo em votar uma alteração do prazo para a tomada de posse de novo governo, de 80 dias para 50, mas como a oposição não votou o fim do número de eleitor proposto pelo PS, não estava para aí voltado. Se é uma deliberação do grupo o assunto é muito grave, se é fruto de mais uma alienação pessoal é caricata.
Amor com amor se paga, parece dizer, mas se isto não é uma garotada o que é?
Estou possivelmente velho de mais para ver este espectáculo ridículo da política à portuguesa. Outro rumo rapidamente ou podemos ficar todos ensandecidos.
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