O Jornal Nova Odivelas não é uma inspiração, mas sim uma fonte de informação, a possível. Sem este o mundo era um enorme vazio. Uma confissão: leio a sua informação quase como a do defunto Republica, não ressuscitado para que as boas almas fiquem em paz, pelas entre linhas, pois dos actores de meia tigela do burgo e suas motivações tenho o arquivo cheio.
Na página 5 (cinco) do dito, temos a inenarrável história dos almoços no ginásio da Barbosa do Bocage. É bem triste o nosso fado, salvem as crianças de gente tão estúpida, não há cão nem gato que não dê a sua pior imagem, não escapa um, uns bons aselhas, todos. Justiça, clamam uns pais indignados, prisão é pouco para estes desmiolados, trabalho forçado tão pouco, quem quereria o resultado de bisonhas criaturas.
No tema da reunião de Câmara, a eterna vereadora da CDU Natália Santos mete colherada sobre as taxas da saúde, aprovação garantida (?), com a galhardia da malta do governo na Assembleia Municipal afirmando que sim mas também, que a culpa era do outro, (Sócrates) que deixou tudo de pantanas. Os punhos de renda do sr. vice, para que se retirem expressões “menos dignas”, (é uma sensibilidade este vice) contra o desgoverno da Nação, obtida a aprovação de todas as bancadas e em espacial do vereador Paulo Aido, o outro vereador independente já tinha abalado (sentido alentejano), caso raro, entre substituições e ausências.
Muito mal explicados são os 720.000 euros em serviços técnico jurídicos. Mas o que se passa para este ponto não ter a maior dignidade possível, dado que estamos perante uma pipa de massa? Quem anda a mamar em tão farta teta? Prisão é pouco? Veremos. É comovente como são referidas as ausências de certos vereadores em certas votações, como são lindos estes jornalistas e as suas meias (?) notícias.
O que aqui vem fazer, para o destino a dar ao património do falido clube de Odivelas, o digníssimo Manchester City (?). Como é Natal, o jovem vereador chucha esta desculpado, não era preciso falar em assuntos pendentes em tribunal, por ser uma figura típica de burlões e companhia, coisa que o vereador Hugo não é.
Quanto ao mais é só inveja.
O Natal já foi, BOM ANO NOVO.
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domingo, 25 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
eu
CAMPEONATO CLUBE NET
Clube de golfe do Paço do Lumiar
Vice-Campeão do Clube Net - Armando Ramalho dos Santos
(Ps. diferença de uma pancada)
FELIZ NATAL
BOM ANO NOVO
Clube de golfe do Paço do Lumiar
Vice-Campeão do Clube Net - Armando Ramalho dos Santos
(Ps. diferença de uma pancada)
FELIZ NATAL
BOM ANO NOVO
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
O País dos Portugueses
Uma das cinco torres do Aleixo, um dos bairros mais degradantes e degradados da cidade do Porto, foi demolida hoje, por implosão, a meio do mês de Dezembro de 2011.
A informação nacional, em especial a televisiva, tinha pano para mangas e não perdeu a oportunidade de revelar as pessoas, a gente real que ali viveu, em complemento do espectáculo de pirotecnia. Queriam drama humano, inventaram vários sem consistência alguma. Não esquecendo os que ainda vivem nas restantes torres, que aguardam a sua vez de serem transformadas em entulho sem préstimo. Quanto mais o aspecto destes se assemelhava à de um grunho, mais tempo de antena lhe era dado, e quanto maior o disparate que emitia, que em regra nem vestígios de gritos de alma eram, idem.
A analogia do estado da nação com as torres do Porto é legítima, dado que o país também se encontra em condições mais que favoráveis de ser implodido.
Os grunhos políticos de serviço não são em nada distintos das pobres e miseráveis gentes do Aleixo, só exibem mais dentes e melhor arranjo exterior, considerando que ambos governam as suas vidas na marginalidade da lei, se não mesmo fora desta.
Grandes males grandes remédios, como para as torres, para Portugal é recomendável uma limpeza radical, mudar de ares, limpar a paisagem de gente que vive em condições infra-humanas na raia da indecência civilizacional.
No “nixo de mercado” que os escraviza no vício, condenam as gerações mais novas a um triste e vil destino, sem esperança e de horizontes que não vão além da ressaca a que ciclicamente regressam.
Algo de novo está iminente: para as torres já sabemos o que as espera, para o país veremos qual o seu destino. Deverá ser tão radical como o previsto para o Aleixo?
A informação nacional, em especial a televisiva, tinha pano para mangas e não perdeu a oportunidade de revelar as pessoas, a gente real que ali viveu, em complemento do espectáculo de pirotecnia. Queriam drama humano, inventaram vários sem consistência alguma. Não esquecendo os que ainda vivem nas restantes torres, que aguardam a sua vez de serem transformadas em entulho sem préstimo. Quanto mais o aspecto destes se assemelhava à de um grunho, mais tempo de antena lhe era dado, e quanto maior o disparate que emitia, que em regra nem vestígios de gritos de alma eram, idem.
A analogia do estado da nação com as torres do Porto é legítima, dado que o país também se encontra em condições mais que favoráveis de ser implodido.
Os grunhos políticos de serviço não são em nada distintos das pobres e miseráveis gentes do Aleixo, só exibem mais dentes e melhor arranjo exterior, considerando que ambos governam as suas vidas na marginalidade da lei, se não mesmo fora desta.
Grandes males grandes remédios, como para as torres, para Portugal é recomendável uma limpeza radical, mudar de ares, limpar a paisagem de gente que vive em condições infra-humanas na raia da indecência civilizacional.
No “nixo de mercado” que os escraviza no vício, condenam as gerações mais novas a um triste e vil destino, sem esperança e de horizontes que não vão além da ressaca a que ciclicamente regressam.
Algo de novo está iminente: para as torres já sabemos o que as espera, para o país veremos qual o seu destino. Deverá ser tão radical como o previsto para o Aleixo?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Câmara de Odivelas sai da “Odinvest”
A “bufa” esfumou-se sem cheiro, sem dignidade e como é típico do género sobre pantufas.
Como são tristes estes políticos de faz de conta, quando não há dinheiro, são como baratas tontas, saltam da carroça como grávidas enjoadas. A culpa é do vandalismo, segundo a notícia.
Esta afirma que (nova Odivelas de 21.10.2011) o vereador Paulo Aido votou contra a saída do Município da dita sociedade (?). Porquê? Não sabemos.
Depois vem a crise…o blá…blá…blá… do costume. Entretanto era bom saber para onde se esfumaram os cinquenta mil euros, (50.000) do capital social que a câmara realizou na dita sociedade.
Foram em foguetes de conferencistas inominados e iluminados, ou em salários para a família dos esclarecidos locais do costume?
Passem bem até ao juízo final.
Como são tristes estes políticos de faz de conta, quando não há dinheiro, são como baratas tontas, saltam da carroça como grávidas enjoadas. A culpa é do vandalismo, segundo a notícia.
Esta afirma que (nova Odivelas de 21.10.2011) o vereador Paulo Aido votou contra a saída do Município da dita sociedade (?). Porquê? Não sabemos.
Depois vem a crise…o blá…blá…blá… do costume. Entretanto era bom saber para onde se esfumaram os cinquenta mil euros, (50.000) do capital social que a câmara realizou na dita sociedade.
Foram em foguetes de conferencistas inominados e iluminados, ou em salários para a família dos esclarecidos locais do costume?
Passem bem até ao juízo final.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
o melhor que me foi dado ouvir neste deserto.
Hoje faço mais um ano de vida que desde 1949 a história repete.
«No tanto leyes cuanto personas nos hacen falta. No ideas
sino hombres. Lo semejante engendra a lo semejante: las
ideas no hacen más que ideas, solo los hombres hacen
hombres. Lo que ocurre es que el instrumento con que los
hombres hacen hombres son las ideas, y que sin hombres no
hacen ideas las ideas». De Unamuno, num editorial do ABC.
«No tanto leyes cuanto personas nos hacen falta. No ideas
sino hombres. Lo semejante engendra a lo semejante: las
ideas no hacen más que ideas, solo los hombres hacen
hombres. Lo que ocurre es que el instrumento con que los
hombres hacen hombres son las ideas, y que sin hombres no
hacen ideas las ideas». De Unamuno, num editorial do ABC.
sábado, 3 de setembro de 2011
Texto nº1 de 31 de Agosto de 2011
A efectiva carga fiscal que se avizinha resulta em confisco estatal atendendo que: se apropria a vários títulos de 50% dos rendimentos do trabalho, igualmente tende para os 25% de tudo o que resulta do lucro das empresas, não anda longe de atingir 25% de tudo o que o cidadão consome, juntando a tudo isto 25% de outros rendimentos ou de simples uso de poupança aplicada em mobiliário e imobiliário, quase tudo isto guarnecido de imposto selo que bem somado e observado são dentadas em tudo o que mexe.
O aparelho de poder atingiu níveis de uma insuportável ocupação da democracia por forças políticas que não cumprem aquilo que prometem e que se sucedem sem respeito pela palavra dada.
Impostos sem cidadania, impostos sem retorno ao nível da educação, da saúde, da segurança, do ambiente, etc., são reflexo de uma tirania fiscal sem sentido por parte das incompetentes ditaduras partidárias do nosso sistema político, só formalmente democrático, pois agem sem mandato popular nesta matéria.
O crescente nível de incompetência, sem adequada responsabilização dos episódicos gestores políticos está a contribuir para um definhamento da própria comunidade política, porque sem indivíduos responsavelmente sustentáveis pela propriedade do trabalho, apenas se agravará a lei pré-política da submissão dos mais fracos por autocráticos e burocratizados agentes.
As forças vivas não tardarão a ocupar o presente vazio da república pela ameaça ao mínimo existencial.
É necessário talento, clarividência e muito trabalho para mudar em profundidade a triste realidade política, social, cultura e económica.
É urgente estruturar os processos, reorientar os fins do Estado, proteger a comunidade do abuso fiscal e da miséria.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Num domingo de Agosto em Lisboa de lés a lés.
Agosto gelado e sem brilho. Uma viagem que se começa sem destino, procurando sol e praia que poderiam mesmo assim aparecer. É bem verdade que não há domingo sem sol?
À falta do conforto do quente e revigorante brilho, mudança de programa. Estava a jeito, deixei-me ir até ao fim da nova CRIL. E porque não visitar as obras da zona que de “Engrácia”, as que nunca mais acabavam, não têm nada?
Deslumbrante cidade a nossa. A velha doca pesca está quase toda comida e digerida em novos materiais de construções futuras. Espaço imenso, cobiças várias no ar. Mesmo ao lado a fabulosa Fundação do “Champas”, imponente na sua modernidade e poderosa promessa de futuro.
Um pouco mais a montante do rio, paredes-meias com o palácio de Belém e de fronte da gare marítima que nos levava à Trafaria, já se vislumbra o polémico e espampanante esqueleto da morada dos coches de suas altezas reais.
As belas vistas do rio com passeios largos e animados por quem quer ganhar energia, ficam privadas de um cafezinho matinal, dado que “só abrem às 11”, entristece mas não magoa, prova mais do que suficiente para avaliar que os concursos de concessão não devem ter sido ganhos pelos mais eficientes comerciantes que se querem de serviço público.
A gare dos contentores de Alcântara, que vieram para ficar, é uma verdadeira nódoa que o regime não tira da sua triste folha de maus serviços prestados à nação e a Lisboa.
Novidades só no Cais do Sodré, uma nova gare de “cacilheiros” paredes-meias com o comboio da linha e o metro alfacinha dão vida a uma de placa de “distribuição” de destinos como a de um formigueiro em dia de chuva.
Nova construção moderna e integrada que dá abrigo a uma Agência Comunitária, marca o início da ocupação de um magnífico futuro parque na Ribeira das Naus que se estende em praia até ao Cais das Colunas.
Revigorada a Praça do Comércio, linhas nobres e sóbrias como convém ao histórico local, turistas de vida animada, alegres como os ricos que em tempos vinham de longe.
Fechando o circulo pelo túnel do Grilo nada mais é novidade digna de registo, já não chocando a especulação imobiliária que continua desenfreada nas cercanias da urbanização que ainda se nomeia de Expo 98.
domingo, 7 de agosto de 2011
UFF….II
Sentia um profundo tédio com a dimensão que tomam as nuvens muito negras em antecipação de trovoada e chuva forte, a cântaros, como se dizia em tempos.
Mas haja Deus, estamos salvos, o super ministro já não vai estudar mais, podemos descansar as costas até nova borradela do dito cujo que nos saiu na rifa.
É só ler.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=500295
Mas haja Deus, estamos salvos, o super ministro já não vai estudar mais, podemos descansar as costas até nova borradela do dito cujo que nos saiu na rifa.
É só ler.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=500295
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
UFF.........
Vão colocar portagens na segunda circular em Lisboa? Na CRIL também e ainda na IC 19 para Sintra? Verdade? Não acredito. É assim que se espalha uma muito má notícia – digo eu sem muita convicção – nesta tarde de início de Agosto com temperaturas de Outono, aqui bem perto na esplanada da minha rua, onde admiro o povo a discutir a actualidade gestionário dos “nossos” sábios ministros, importados da estranja, pois os possíveis de cá estão a léguas de se meterem em “saladas” más de roer.
Só a circular de Lisboa afinal (ainda) está a mais nesta ladainha, necessidades de diálogo alarmista seguramente, como se a dura realidade não bastasse. Um sábio mete colherada afirmando que é bem possível colocar portagens, que existe um sistema já testado nos países mais desenvolvidos, quando opinei que seria de todo impossível praticar portagens com tão alta densidade de tráfego como o da segunda circular!
Estou feito, nem consigo imaginar se estes governantes externalizaram o manicómio ou querem esta pobre gente doida de vez e sem hipótese de cura.
UFF……..(hoje no expresso, 4 de Agosto)
A Estradas de Portugal (EP) desmente que exista alguma intenção de cobrar portagens quer na IC19 quer na CRIL.
Em comunicado a empresa esclarece que, ao contrário do que foi avançado hoje pelo Jornal de Negócios, "não há, que seja do conhecimento da EP, nenhuma decisão ou intenção de introduzir portagens em qualquer via, para além das que foram publicamente anunciadas, ou seja, nas quatro concessões SCUT ainda em falta, pelo que qualquer referência adicional a vias específicas, designadamente o IC19 ou a CRIL, é pura especulação jornalística."
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/estradas-de-portugal-desmente-portagens-no-ic19-e-na-cril=f666090#ixzz1U666Wkl3
Só a circular de Lisboa afinal (ainda) está a mais nesta ladainha, necessidades de diálogo alarmista seguramente, como se a dura realidade não bastasse. Um sábio mete colherada afirmando que é bem possível colocar portagens, que existe um sistema já testado nos países mais desenvolvidos, quando opinei que seria de todo impossível praticar portagens com tão alta densidade de tráfego como o da segunda circular!
Estou feito, nem consigo imaginar se estes governantes externalizaram o manicómio ou querem esta pobre gente doida de vez e sem hipótese de cura.
UFF……..(hoje no expresso, 4 de Agosto)
A Estradas de Portugal (EP) desmente que exista alguma intenção de cobrar portagens quer na IC19 quer na CRIL.
Em comunicado a empresa esclarece que, ao contrário do que foi avançado hoje pelo Jornal de Negócios, "não há, que seja do conhecimento da EP, nenhuma decisão ou intenção de introduzir portagens em qualquer via, para além das que foram publicamente anunciadas, ou seja, nas quatro concessões SCUT ainda em falta, pelo que qualquer referência adicional a vias específicas, designadamente o IC19 ou a CRIL, é pura especulação jornalística."
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/estradas-de-portugal-desmente-portagens-no-ic19-e-na-cril=f666090#ixzz1U666Wkl3
sábado, 30 de julho de 2011
Política ao pé da porta
Escrever em blogues abertos à participação geral tem as suas responsabilidades. O nosso amigo João Viegas perguntava: “como se faz política sem partidos?”, longe de considerar uma afirmação sem sentido, é por tal razão que volto ao tema.
Sem pretensões académicas, que não seriam de todo desajustadas dado que tenho habilitação de ensino, considerando os meus graus académicos na matéria, que não são produto de uma imaginação em delírio, mas fruto de longo trabalho de estudo acompanhado por professores do mais elevado gabarito universitário.
Seria muito fácil remeter o meu caro amigo para uma simples consulta na net para se fazer uma ideia de política e partidos, para se retirar uma elação óbvia de que ambas se passam bem uma sem a existência da outra.
Política hoje é uma ciência, dado que se elaboraram muitas teorias sobre a mesma, quer quanto à sua dimensão mais corrente, quer quanto à mais elaborada teoria do fim da história. Mais ao nível do dia a dia, temos que política não é, de forma alguma, uma discussão de vizinhos, mas já se aproxima, se o interesse em causa envolver uma comunidade e o objecto requerer o consentimento de uma maioria com poderes de vincular os que votaram contra o interesse geral.
É esta uma dimensão da política sem partidos, é a dimensão de uma democracia directa. Quanto a partidos sem política é muito mais óbvio, temos grupos de pessoas cujo interesse é comum, por exemplo, uns querem os caixotes do lixo colocados em determinado local e outro grupo pretende justamente o local que os outros recusam por não o quererem à sua porta. Desta situação temos partidários de uma solução e do seu contrário, só falta os poderes instituídos decidirem segundo os seus próprios interesses.
Aqui temos política no seu melhor, mas mesmo assim sem partidos, são só interesses egoístas. É legítimo que cada um trate da "vidinha" da melhor forma que lhe for possível, ou dito de outro modo, que cada um cuide de si, é a lei da selva ou a do mais forte.
Como diria Sócrates, o grego, tento que se compreenda o simples para elaborarmos os sistemas mais complexos, quem não entende a cidade jamais elabora a nação.
Sem pretensões académicas, que não seriam de todo desajustadas dado que tenho habilitação de ensino, considerando os meus graus académicos na matéria, que não são produto de uma imaginação em delírio, mas fruto de longo trabalho de estudo acompanhado por professores do mais elevado gabarito universitário.
Seria muito fácil remeter o meu caro amigo para uma simples consulta na net para se fazer uma ideia de política e partidos, para se retirar uma elação óbvia de que ambas se passam bem uma sem a existência da outra.
Política hoje é uma ciência, dado que se elaboraram muitas teorias sobre a mesma, quer quanto à sua dimensão mais corrente, quer quanto à mais elaborada teoria do fim da história. Mais ao nível do dia a dia, temos que política não é, de forma alguma, uma discussão de vizinhos, mas já se aproxima, se o interesse em causa envolver uma comunidade e o objecto requerer o consentimento de uma maioria com poderes de vincular os que votaram contra o interesse geral.
É esta uma dimensão da política sem partidos, é a dimensão de uma democracia directa. Quanto a partidos sem política é muito mais óbvio, temos grupos de pessoas cujo interesse é comum, por exemplo, uns querem os caixotes do lixo colocados em determinado local e outro grupo pretende justamente o local que os outros recusam por não o quererem à sua porta. Desta situação temos partidários de uma solução e do seu contrário, só falta os poderes instituídos decidirem segundo os seus próprios interesses.
Aqui temos política no seu melhor, mas mesmo assim sem partidos, são só interesses egoístas. É legítimo que cada um trate da "vidinha" da melhor forma que lhe for possível, ou dito de outro modo, que cada um cuide de si, é a lei da selva ou a do mais forte.
Como diria Sócrates, o grego, tento que se compreenda o simples para elaborarmos os sistemas mais complexos, quem não entende a cidade jamais elabora a nação.
sábado, 23 de julho de 2011
No Reino do “Pinchbeck”
A minha avó, mulher singular a vários títulos, não só por ter nascido no ano da República, o que gostava de afirmar para vincar a sua longa experiência em qualquer discussão de família, referia com frequência, quando o valor da “peça” era duvidoso, “isso é pinchbeck” (que não era de ouro), remate do tema, em geral certeiro e sem réplica possível.
O famoso inventor da liga metálica, nascido pouco depois de termos corrido com os espanhóis do país, estava longe de imaginar que a solução que encontrara de aplicar um “banho” de ouro para protecção contra o verdete nas jóias e peças de relojoaria onde era aplicado que o próprio fabricava,pois aparecia com o tempo e retirava-lhes brilho e dignidade, lhe daria fama para a eternidade.
Esta aparente semelhança com o ouro teve rápida aplicação na duplicação de jóias por segurança contra os ladrões de estrada, muito frequentes naqueles tempos. É que desta forma protegiam os seus bens podendo exibir a sua riqueza que não era aparente e a imitação não constituía uma fraude, cada um fazia só as cópias das suas próprias jóias. As confusões entre as verdadeiras e as falsas jóias rapidamente criaram um lucrativo negócio, que abriu as portas às maiores fraudes no ramo da joalharia.
Odivelas ficou nacionalmente conhecida por ter sido aqui inventado o “pinchbeck” político. Uma denúncia certeira revelou o verdadeiro espírito do negócio político partidário nestas paragens. Querer parecer ser o que se sabe em verdade não ser é a verdadeira razão destas fraudes políticas, que noutros tempos se chamava “chapelada”.
O aparente valor que se quer proteger com este comportamento não é, na realidade, tão caricato como uma ligeira leitura pode induzir. Estamos perante formas de pensar e agir onde o mais importante não é aferir o mérito das acções políticas dos seus agentes, mas permitir que estes criem a ilusão de uma importância de representação que os abandona persistentemente.
A presidente da Câmara de Odivelas é envolvida na denúncia pública pelo candidato a secretário-geral do partido, por ser também a presidente da comissão política do partido socialista e apoiante do antagonista do denunciante. Se é justa ou injusta esta amálgama, é possivelmente exagerado, mas que a própria alimenta e pratica com zelo os maiores entorses a uma sã e transparente vivência democrática interna, é facto mais que provado.
Quer no número de adesões a este “modo de vida”, como na qualidade dos seus protagonistas, o valor da dignidade está perigosamente a caminho do generalizado “pinchbeck” sendo Odivelas a sua centralidade e modelo no país.
O famoso inventor da liga metálica, nascido pouco depois de termos corrido com os espanhóis do país, estava longe de imaginar que a solução que encontrara de aplicar um “banho” de ouro para protecção contra o verdete nas jóias e peças de relojoaria onde era aplicado que o próprio fabricava,pois aparecia com o tempo e retirava-lhes brilho e dignidade, lhe daria fama para a eternidade.
Esta aparente semelhança com o ouro teve rápida aplicação na duplicação de jóias por segurança contra os ladrões de estrada, muito frequentes naqueles tempos. É que desta forma protegiam os seus bens podendo exibir a sua riqueza que não era aparente e a imitação não constituía uma fraude, cada um fazia só as cópias das suas próprias jóias. As confusões entre as verdadeiras e as falsas jóias rapidamente criaram um lucrativo negócio, que abriu as portas às maiores fraudes no ramo da joalharia.
Odivelas ficou nacionalmente conhecida por ter sido aqui inventado o “pinchbeck” político. Uma denúncia certeira revelou o verdadeiro espírito do negócio político partidário nestas paragens. Querer parecer ser o que se sabe em verdade não ser é a verdadeira razão destas fraudes políticas, que noutros tempos se chamava “chapelada”.
O aparente valor que se quer proteger com este comportamento não é, na realidade, tão caricato como uma ligeira leitura pode induzir. Estamos perante formas de pensar e agir onde o mais importante não é aferir o mérito das acções políticas dos seus agentes, mas permitir que estes criem a ilusão de uma importância de representação que os abandona persistentemente.
A presidente da Câmara de Odivelas é envolvida na denúncia pública pelo candidato a secretário-geral do partido, por ser também a presidente da comissão política do partido socialista e apoiante do antagonista do denunciante. Se é justa ou injusta esta amálgama, é possivelmente exagerado, mas que a própria alimenta e pratica com zelo os maiores entorses a uma sã e transparente vivência democrática interna, é facto mais que provado.
Quer no número de adesões a este “modo de vida”, como na qualidade dos seus protagonistas, o valor da dignidade está perigosamente a caminho do generalizado “pinchbeck” sendo Odivelas a sua centralidade e modelo no país.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Lixo na Cidade
Que povo é este que povo! Este verso pode dizer quase tudo o que se quiser, tanto pode ser entendido que este povo é uma maravilha, revela espanto, admiração e prazer na adesão e pertença. Mas também é legítimo entender noutro sentido, quando significa uma constatação de tristeza, de reprovação e de amargura de estar nele incluído.
É mais nesta segunda classificação que se deve analisar, quer o que vai por aí nas televisões e jornais a nível nacional, porque alguém nos classificou de lixo financeiro, quer mais junto de nós, o que nos acontece ao nível do patamar local, que são as próprias autarquias a darem tratamento de lixo ao seu próprio povo.
Um jornal local, Nova Odivelas, na edição de 8 de Julho trata com rigor o tema, relata o que sabe, informa e não elabora nem opina sobre a anulação das festas da cidade de Odivelas. Mas dá para ver o que não é dito nas entrelinhas, em especial para quem aprendeu a ler política no extinto jornal República, em plena ditadura e censura, órgão de referência dos socialistas da época, e que conhece os diversos actores envolvidos e as obrigações político-legais de que são responsáveis os agentes desta triste história.
Para os mais destraidos que julgam que “isto é quase o da Joana” e para os eleitos locais que agem como lhes dá na real gana, ficam avisados que estão muito, mesmo muito enganados. O partido comunista aborda o assunto politicamente no mesmo jornal, com uma atitude forte, classificando os agentes incumbimos da realização das festas da cidade, de incompetência e desleixo. Mas não chega. Há responsabilidade para lá da política, dos jogos de poder e da denúncia pública.
Em qualquer lugar do nosso país que se respeite, estes responsáveis partidários eleitos de meio gabarito já estavam a milhas da cidade, o povo dava-lhe uma coça de criar bicho que de exemplo ficasse para o futuro. Mas não indo por aí, há seguramente responsabilidade objectiva para agir no plano civil e penal contra estes eleitos, indignos do povo que dizem representar.
Não contem comigo para fazer o vosso trabalho. O meu partido já devia ter tomado uma posição em conformidade a bem da dignidade da política local e do partido em especial, com respeito pelo passado dos que serviram esta comunidade com as suas cores.
Tenham vergonha e cumpram o vosso dever de servir o povo, no mínimo informando qual é a vossa posição. A demissão dos socialistas do executivo da junta é mais do que adequada, não sejam cúmplices nesta calamidade que se abate sobretudo na pobre gente, aquela que nunca foi de férias.
As festas na cidade são as férias dos mais humildes, dos mais pobres, o contentamento possível ao nível das suas bolsas, até isso lhes querem roubar e ficarem impunes?
É mais nesta segunda classificação que se deve analisar, quer o que vai por aí nas televisões e jornais a nível nacional, porque alguém nos classificou de lixo financeiro, quer mais junto de nós, o que nos acontece ao nível do patamar local, que são as próprias autarquias a darem tratamento de lixo ao seu próprio povo.
Um jornal local, Nova Odivelas, na edição de 8 de Julho trata com rigor o tema, relata o que sabe, informa e não elabora nem opina sobre a anulação das festas da cidade de Odivelas. Mas dá para ver o que não é dito nas entrelinhas, em especial para quem aprendeu a ler política no extinto jornal República, em plena ditadura e censura, órgão de referência dos socialistas da época, e que conhece os diversos actores envolvidos e as obrigações político-legais de que são responsáveis os agentes desta triste história.
Para os mais destraidos que julgam que “isto é quase o da Joana” e para os eleitos locais que agem como lhes dá na real gana, ficam avisados que estão muito, mesmo muito enganados. O partido comunista aborda o assunto politicamente no mesmo jornal, com uma atitude forte, classificando os agentes incumbimos da realização das festas da cidade, de incompetência e desleixo. Mas não chega. Há responsabilidade para lá da política, dos jogos de poder e da denúncia pública.
Em qualquer lugar do nosso país que se respeite, estes responsáveis partidários eleitos de meio gabarito já estavam a milhas da cidade, o povo dava-lhe uma coça de criar bicho que de exemplo ficasse para o futuro. Mas não indo por aí, há seguramente responsabilidade objectiva para agir no plano civil e penal contra estes eleitos, indignos do povo que dizem representar.
Não contem comigo para fazer o vosso trabalho. O meu partido já devia ter tomado uma posição em conformidade a bem da dignidade da política local e do partido em especial, com respeito pelo passado dos que serviram esta comunidade com as suas cores.
Tenham vergonha e cumpram o vosso dever de servir o povo, no mínimo informando qual é a vossa posição. A demissão dos socialistas do executivo da junta é mais do que adequada, não sejam cúmplices nesta calamidade que se abate sobretudo na pobre gente, aquela que nunca foi de férias.
As festas na cidade são as férias dos mais humildes, dos mais pobres, o contentamento possível ao nível das suas bolsas, até isso lhes querem roubar e ficarem impunes?
sábado, 2 de julho de 2011
Cegada saloia
No dia 21 de Junho de 2011 houve uma reunião pública da vereação da Câmara Municipal de Odivelas. Não estive presente e disso não me lamento. Há muito se revelou, para mim, ser um acto sem significado ou dignidade política digno desse nome.
Alguém em seu juízo o deve evitar, felizmente o povo raramente está presente, porque a linguagem é cifrada, é do tipo despachar o expediente, são de difícil compreensão os apartes por virem de outras vidas, ou estamos perante discussões já mastigadas em reuniões não públicas, secretas por natureza. Existem actas seguramente, por ser de lei, mas nesta só consta o politicamente correcto, sem substância analítica. São formais.
Mas, dias não são dias e o que há muito se previa, tendo presente o ditado “o que é mau com o tempo só piora”, o caldo entornou-se e não foi a mais por haver ainda algum tino na cabeça de algumas pessoas.
A tecnologia, para o bem ou para o mal, está aí para dar fé com realismo inexcedível do que na realidade se passou, limito-me a juntar à narração da máquina e à selecção das imagens da autoria de quem publicou as filmagens, no “Odivelas TV”, a minha especulação e convidá-los a que dedique algum do vosso tempo, vale bem a pena.
Há um vereador, de seu nome Paulo Aido, eleito na lista do PSD, que em tempos pediu a demissão do Vereador Mário Máximo, eleito na lista do PS. Como é frequente ser este a dirigir os trabalhos das reuniões públicas (nas reuniões não públicas dizem que a presidente está sempre presente, não vá o diabo tece-las) o tom é sempre de acrimónia entre eles.
Os mimos de “oportunista” e “sem vergonha” são regados em contra ponto com uma avinagrada e pérfida chamada de “V.Ex” deslocada, repetitiva e sem sentido, e daí ao desregrado despropósito intelectualismo de valeta, um abismo identitário, do outro lado os píncaros da elegância incomodada e mal contida quase envergonhada, são reveladoras das origens de onde cada um imergiu e a razões que os movem.
A realidade é que a cegada só acabou com recurso ao chamamento ao serviço da presidente, que se ocupava em emergência familiar, a emenda foi pior que o soneto.
De um lado rasgados e inusitados elogios às capacidades presidenciais na condução dos trabalhos, que mais não visavam que o afundamento por contraste do dito Máximo, um “indigno” na função. Sem se lembrarem da autoria constitutiva da criatura em causa.
Este em réplica “era o que mais faltava”, quem louva e bajula a presidente sou eu e mais ninguém. Como quem sente, e alguma razão terá dá para ver nos olhares cruzados dos restantes actores, de que “já foste”, fórmula com que são despedidos, em programa televisivo famoso, os concorrentes que não acertam por inábeis.
Há o mito de que os eleitos locais são inamovíveis. Não é fácil de facto uma vez instalados, mas a lei prevê a possibilidade. Ser jurista nesta terra ajuda e muito a levar a água ao seu moinho. Trabalhem.
Alguém em seu juízo o deve evitar, felizmente o povo raramente está presente, porque a linguagem é cifrada, é do tipo despachar o expediente, são de difícil compreensão os apartes por virem de outras vidas, ou estamos perante discussões já mastigadas em reuniões não públicas, secretas por natureza. Existem actas seguramente, por ser de lei, mas nesta só consta o politicamente correcto, sem substância analítica. São formais.
Mas, dias não são dias e o que há muito se previa, tendo presente o ditado “o que é mau com o tempo só piora”, o caldo entornou-se e não foi a mais por haver ainda algum tino na cabeça de algumas pessoas.
A tecnologia, para o bem ou para o mal, está aí para dar fé com realismo inexcedível do que na realidade se passou, limito-me a juntar à narração da máquina e à selecção das imagens da autoria de quem publicou as filmagens, no “Odivelas TV”, a minha especulação e convidá-los a que dedique algum do vosso tempo, vale bem a pena.
Há um vereador, de seu nome Paulo Aido, eleito na lista do PSD, que em tempos pediu a demissão do Vereador Mário Máximo, eleito na lista do PS. Como é frequente ser este a dirigir os trabalhos das reuniões públicas (nas reuniões não públicas dizem que a presidente está sempre presente, não vá o diabo tece-las) o tom é sempre de acrimónia entre eles.
Os mimos de “oportunista” e “sem vergonha” são regados em contra ponto com uma avinagrada e pérfida chamada de “V.Ex” deslocada, repetitiva e sem sentido, e daí ao desregrado despropósito intelectualismo de valeta, um abismo identitário, do outro lado os píncaros da elegância incomodada e mal contida quase envergonhada, são reveladoras das origens de onde cada um imergiu e a razões que os movem.
A realidade é que a cegada só acabou com recurso ao chamamento ao serviço da presidente, que se ocupava em emergência familiar, a emenda foi pior que o soneto.
De um lado rasgados e inusitados elogios às capacidades presidenciais na condução dos trabalhos, que mais não visavam que o afundamento por contraste do dito Máximo, um “indigno” na função. Sem se lembrarem da autoria constitutiva da criatura em causa.
Este em réplica “era o que mais faltava”, quem louva e bajula a presidente sou eu e mais ninguém. Como quem sente, e alguma razão terá dá para ver nos olhares cruzados dos restantes actores, de que “já foste”, fórmula com que são despedidos, em programa televisivo famoso, os concorrentes que não acertam por inábeis.
Há o mito de que os eleitos locais são inamovíveis. Não é fácil de facto uma vez instalados, mas a lei prevê a possibilidade. Ser jurista nesta terra ajuda e muito a levar a água ao seu moinho. Trabalhem.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Os Mochos
Os Mochos Sob os feixos onde habitam,
Os mochos formam em filas;
Fugindo as rubras pupilas,
Mudos e quietos, meditam.
E assim permanecerão
Até o Sol se ir deitar
No leito enorme do mar,
Sob um sombrio edredão.
Do seu exemplo, tirai
Proveitoso ensinamento:
— Fugí do mundo, evitai
O bulício e o movimento...
Quem atrás de sombras vai,
Só logra arrependimento!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães
Obtido em Wikisource
Os mochos formam em filas;
Fugindo as rubras pupilas,
Mudos e quietos, meditam.
E assim permanecerão
Até o Sol se ir deitar
No leito enorme do mar,
Sob um sombrio edredão.
Do seu exemplo, tirai
Proveitoso ensinamento:
— Fugí do mundo, evitai
O bulício e o movimento...
Quem atrás de sombras vai,
Só logra arrependimento!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães
Obtido em Wikisource
domingo, 26 de junho de 2011
Post-it socialista
A 3M é uma multinacional centenária de origem americana com o maior nível de apreciações positivas. A sua história gira sempre à volta de uma ideia simples. Uma folha de papel com alguma coisa em cima. Isto é, a lixa, a simples lixa que deu milhões aos seus accionistas e traçou o futuro de uma das mais lucrativas companhias da história do capitalismo moderno.
A mais recente bomba do mundo dos negócios da simplicidade desta companhia foi a aplicação de uma sua descoberta, uma inutilidade há muito nos arquivos, somente há uma dúzia de anos deu fortunas em ganhos accionistas, uma simples cola que não cola, e a sempre eterna folha de papel.
Não estava esquecida a tal aberração da cola que não cola, só que não tinha aplicação, mas o seu dia chegou o Post-it, o famoso e indispensável papelinho colorido que liberta a memória do que não se deve esquecer. Aí está a novidade, o produto que vale milhões, contas bem feitas, a resma de papel passa do seu simples valor a vinte vezes mais.
Um socialista “Post-it” já estava inventado, só que não tinha aplicação por ser também uma inutilidade funcional, é certo que sempre servia para carregar as malas ao Soares nas andanças pela Europa, ou a qualquer secretário-geral de serviço sem ordenança, aí estava o senhor cola a tudo, a memória útil do servilismo barato, um menino para o serviço dos pequenos fretes, maneirista e elegante q.b.
O senhor “To Zé” deve ser um cidadão muito digno, não é disso que aqui trato, o meu alerta vai no sentido de que as várias colas que não colam, em conjunto até podem dar uma grande salganhada onde se embrulhem todos os sem sentido do que resta do partido, em lugares que querem preservar para si ou para a família ou próximos.
Os emplastros são muitos, desde o ex-governador civil de Lisboa, essa indignidade escabrosa que só não ganha o “podium” ao triste Nobre por ser opaco, aos inenarráveis “9 em cada 10 presidentes de camara estão com Seguro”. Avisado anda o velho Soares que não está para fretes e sempre vai largando avisos à navegação, que o melhor é “mudarem de vida”, mas quem está para aí virado?
A celebérrima estrela de Sintra meteu férias, ficou a “barbie” de serviço ao parlamento nacional, a que tinha como primeira escolha a eleita Presidente da Assembleia, só visto, nem chá bebe, é do melhor, são uns cola a qualquer líder possível ou imaginário, longe vá o agoiro, mas se estes dois putativos lideres fossem à vida, estariam a cantar loas ao próximo com a leviandade que as une.
A grande vantagem do “post-it” é que não deixa marcas e pode ser utilizado até a memória lhe tomar o lugar ou ter o destino da sua inutilidade por não ter razão de ser.
A mais recente bomba do mundo dos negócios da simplicidade desta companhia foi a aplicação de uma sua descoberta, uma inutilidade há muito nos arquivos, somente há uma dúzia de anos deu fortunas em ganhos accionistas, uma simples cola que não cola, e a sempre eterna folha de papel.
Não estava esquecida a tal aberração da cola que não cola, só que não tinha aplicação, mas o seu dia chegou o Post-it, o famoso e indispensável papelinho colorido que liberta a memória do que não se deve esquecer. Aí está a novidade, o produto que vale milhões, contas bem feitas, a resma de papel passa do seu simples valor a vinte vezes mais.
Um socialista “Post-it” já estava inventado, só que não tinha aplicação por ser também uma inutilidade funcional, é certo que sempre servia para carregar as malas ao Soares nas andanças pela Europa, ou a qualquer secretário-geral de serviço sem ordenança, aí estava o senhor cola a tudo, a memória útil do servilismo barato, um menino para o serviço dos pequenos fretes, maneirista e elegante q.b.
O senhor “To Zé” deve ser um cidadão muito digno, não é disso que aqui trato, o meu alerta vai no sentido de que as várias colas que não colam, em conjunto até podem dar uma grande salganhada onde se embrulhem todos os sem sentido do que resta do partido, em lugares que querem preservar para si ou para a família ou próximos.
Os emplastros são muitos, desde o ex-governador civil de Lisboa, essa indignidade escabrosa que só não ganha o “podium” ao triste Nobre por ser opaco, aos inenarráveis “9 em cada 10 presidentes de camara estão com Seguro”. Avisado anda o velho Soares que não está para fretes e sempre vai largando avisos à navegação, que o melhor é “mudarem de vida”, mas quem está para aí virado?
A celebérrima estrela de Sintra meteu férias, ficou a “barbie” de serviço ao parlamento nacional, a que tinha como primeira escolha a eleita Presidente da Assembleia, só visto, nem chá bebe, é do melhor, são uns cola a qualquer líder possível ou imaginário, longe vá o agoiro, mas se estes dois putativos lideres fossem à vida, estariam a cantar loas ao próximo com a leviandade que as une.
A grande vantagem do “post-it” é que não deixa marcas e pode ser utilizado até a memória lhe tomar o lugar ou ter o destino da sua inutilidade por não ter razão de ser.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
O PS precisa de se unir e de uma refundação política e ideológica. É um imperativo de sobrevivência
Mário Soares
in VISÂO Quinta feira, 16 de Jun de 2011
As últimas eleições legislativas puseram fim a um ciclo político e abriram outro. A esquerda democrática deu lugar à direita conservadora e neoliberal, como se tem vindo a passar em toda a União Europeia. Mas não vale a pena agora falar do passado. A poeira do tempo fará esquecer muitas críticas, erros e acusações. Tudo isso pertence à história. E, naturalmente, o que neste momento, mais nos interessa - a todos - é o presente e o que aí vem no próximo futuro. Vamos ou não sair da crise que nos afeta?
A um governo minoritário de esquerda democrática vai substituir-se uma coligação maioritária de dois partidos de direita, com grandes diferenças entre si, como se viu durante a campanha eleitoral. Mas a grande crise monetária e económica, desencadeada pelos mercados especulativos que atacaram Portugal, depois da Grécia e da Irlanda, não parece poder resolver-se, facilmente, com os empréstimos - e os altos juros - com que a troika nos brindou. Eis um problema sério. Há compromissos a que nos obrigámos - não só os partidos que estão no poder, também o PS - e datas a cumprir. Não o podemos esquecer. Mas a principal responsabilidade incumbe agora ao governo, do qual se espera competência, rapidez na ação, bom senso e coragem.
A tarefa, todos o sabemos, não vai ser nada fácil. O dinheiro escasseia e as exigências da troika são demasiado monetaristas, embora de momento necessárias. Por isso, temos também de saber evitar a recessão, diminuindo drasticamente o desemprego, o despesismo, em todos os domínios, e dar de novo confiança às pessoas. Se assim não for, juntamos às crises com que nos debatemos - incluída a política - uma crise social que pode ser gravíssima. Vejamos com atenção o que se tem passado na Grécia, em vários países europeus e na própria Espanha, a braços, também, com uma mudança política à vista e um manifesto mal-estar.
Em Portugal, os partidos da esquerda radical, com o seu irrealismo, parece terem perdido o rumo e os horizontes políticos. O terem recusado falar com a troika foi um erro que lhes vai custar caro, porque lhes retirou a idoneidade política. Em relação ao PCP, julgo que Álvaro Cunhal não teria praticado um erro semelhante. Tinha outra elasticidade tática, como várias vezes demonstrou. Quanto ao Bloco de Esquerda, além da perda significativa de votos, provocou uma crise interna que não vai ser fácil esquecer.
O PS, no plano político, continua a ser a grande força da Oposição. Mas menos - diga-se - no plano social. O que deve ser corrigido. A saída voluntária de Sócrates foi um ato de bom senso e abriu a porta a dois candidatos a líder que têm a vantagem de ser pessoas inteligentes, experientes e honestas. Não se irão zangar, penso, qualquer que seja o resultado. Julgo até que serão capazes de colaborar, como é conveniente que façam.
O PS precisa de se unir e de uma refundação política e ideológica. Os tempos mudaram e vão continuar a mudar muito. É um imperativo de sobrevivência. A União Europeia vai ter de mudar radicalmente, sob pena de se desintegrar. É outro dos nossos grandes problemas. O PS deve ter uma conceção própria do que será a União Europeia de amanhã e tem de saber bater-se por ela. Tem de participar ativamente no plano político, ideológico e também social, no Partido Socialista Europeu e de ter em grande atenção o movimento social europeu (sindicatos, cooperativas e associações cívicas). Porque é por estes dois pilares que vai passar o futuro. O PS e os seus militantes devem preparar-se, neste intervalo salutar do poder, para participar ativamente no futuro europeu que aí vem, necessariamente. E, assim, poder contribuir, no momento próprio, para a construção do nosso futuro português.
in VISÂO Quinta feira, 16 de Jun de 2011
As últimas eleições legislativas puseram fim a um ciclo político e abriram outro. A esquerda democrática deu lugar à direita conservadora e neoliberal, como se tem vindo a passar em toda a União Europeia. Mas não vale a pena agora falar do passado. A poeira do tempo fará esquecer muitas críticas, erros e acusações. Tudo isso pertence à história. E, naturalmente, o que neste momento, mais nos interessa - a todos - é o presente e o que aí vem no próximo futuro. Vamos ou não sair da crise que nos afeta?
A um governo minoritário de esquerda democrática vai substituir-se uma coligação maioritária de dois partidos de direita, com grandes diferenças entre si, como se viu durante a campanha eleitoral. Mas a grande crise monetária e económica, desencadeada pelos mercados especulativos que atacaram Portugal, depois da Grécia e da Irlanda, não parece poder resolver-se, facilmente, com os empréstimos - e os altos juros - com que a troika nos brindou. Eis um problema sério. Há compromissos a que nos obrigámos - não só os partidos que estão no poder, também o PS - e datas a cumprir. Não o podemos esquecer. Mas a principal responsabilidade incumbe agora ao governo, do qual se espera competência, rapidez na ação, bom senso e coragem.
A tarefa, todos o sabemos, não vai ser nada fácil. O dinheiro escasseia e as exigências da troika são demasiado monetaristas, embora de momento necessárias. Por isso, temos também de saber evitar a recessão, diminuindo drasticamente o desemprego, o despesismo, em todos os domínios, e dar de novo confiança às pessoas. Se assim não for, juntamos às crises com que nos debatemos - incluída a política - uma crise social que pode ser gravíssima. Vejamos com atenção o que se tem passado na Grécia, em vários países europeus e na própria Espanha, a braços, também, com uma mudança política à vista e um manifesto mal-estar.
Em Portugal, os partidos da esquerda radical, com o seu irrealismo, parece terem perdido o rumo e os horizontes políticos. O terem recusado falar com a troika foi um erro que lhes vai custar caro, porque lhes retirou a idoneidade política. Em relação ao PCP, julgo que Álvaro Cunhal não teria praticado um erro semelhante. Tinha outra elasticidade tática, como várias vezes demonstrou. Quanto ao Bloco de Esquerda, além da perda significativa de votos, provocou uma crise interna que não vai ser fácil esquecer.
O PS, no plano político, continua a ser a grande força da Oposição. Mas menos - diga-se - no plano social. O que deve ser corrigido. A saída voluntária de Sócrates foi um ato de bom senso e abriu a porta a dois candidatos a líder que têm a vantagem de ser pessoas inteligentes, experientes e honestas. Não se irão zangar, penso, qualquer que seja o resultado. Julgo até que serão capazes de colaborar, como é conveniente que façam.
O PS precisa de se unir e de uma refundação política e ideológica. Os tempos mudaram e vão continuar a mudar muito. É um imperativo de sobrevivência. A União Europeia vai ter de mudar radicalmente, sob pena de se desintegrar. É outro dos nossos grandes problemas. O PS deve ter uma conceção própria do que será a União Europeia de amanhã e tem de saber bater-se por ela. Tem de participar ativamente no plano político, ideológico e também social, no Partido Socialista Europeu e de ter em grande atenção o movimento social europeu (sindicatos, cooperativas e associações cívicas). Porque é por estes dois pilares que vai passar o futuro. O PS e os seus militantes devem preparar-se, neste intervalo salutar do poder, para participar ativamente no futuro europeu que aí vem, necessariamente. E, assim, poder contribuir, no momento próprio, para a construção do nosso futuro português.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
O sanguínio O carniceiro O rosbife.
Vai demorar muitos anos para que o povo volte a acreditar no socialismo ou em socialistas. O futuro seguramente não será feito com esta gente, que tem muita pressa para ir a lado nenhum. Ainda não entenderam que o destino das suas vidinhas não se confunde com o da pátria.
O que afirmou na TV uma das Barbeis de serviço, em tom de urgente emergência nacional, “que a não existência de líder no futuro parlamento, para assumir as responsabilidades do maior partido da oposição, poria em risco a governação” é suficientemente patético e revelador que o que se pretende é mais do mesmo.
O parecer ser, o faz de conta, estilo consagrado, vai continuar. Uma ilusão de normalidade constante é o melhor para que nada de substancial altere a ordem estabelecida. A realidade não é virtual, não está é revelada pela demonstração. Isto é como aquele famoso autarca socialista que arrebanha 80% de votos favoráveis, que se gaba de não saber ler plantas e exige a todos maquetas. É algo concreto, é a realidade visual e táctil necessária ao deferimento da obra pretendida. E já leva uns anos largos esta anedota sem denúncia pública.
São cada vez menos os socialistas da “máquina” mas as consequências são por sua vez maiores. Confirma-se a lei de Pareto, que afirma que 80% das consequências são fruto de 20% de causas. A tese que condena estes manhosos socialistas salva a democracia, são os meus votos. Mário Soares diz que é “bom uma cura de oposição”, seria, se neste tempo onde é necessário pensar o futuro, esta malta que capturou o partido tivesse o mínimo de respeito por eles próprios, e evitasse a indignidade de serem varridos do sistema democrático por inutilidade.
Está construída uma pseudo utilidade para o Partido Socialista. É uma construção jornalística e só existe por ainda se alimentar uma outra farsa, de que a rua é controlada por esta cambada que se diz socialista. Uma tremenda mentira, creio mesmo que esta se vai voltar em primeiro lugar para os próprios “mágicos” da desgraça, os que diziam que a culpa era daqueles que não os deixavam governar.
O povo não é assim tão lerdo das ideias como parece. A demonstração está feita, o voto no PSD de Ferreira Leite não existiu por ter visto com segurança que de alguém seco e relho nada de bom viria. Foi medo, agora é esperança e raiva, protesto. Podemos traçar um novo ciclo de reacção, a tradicional válvula de escape da nossa gente era a emigração, não acreditava na revolta por ser mais fácil esta solução, mas a emigração não dura para sempre, também aí as portas são já estreitas e assim temos as condições para uma tempestade perfeita, um acerto de contas com séculos de atraso.
Como a realidade concreta ainda leva tempo a chegar, permite não acorrer já aos incêndios, e de que serventia teria gritar ao lobo se ninguém o vê? São como as maquetas de um autarca de sucesso.
O que afirmou na TV uma das Barbeis de serviço, em tom de urgente emergência nacional, “que a não existência de líder no futuro parlamento, para assumir as responsabilidades do maior partido da oposição, poria em risco a governação” é suficientemente patético e revelador que o que se pretende é mais do mesmo.
O parecer ser, o faz de conta, estilo consagrado, vai continuar. Uma ilusão de normalidade constante é o melhor para que nada de substancial altere a ordem estabelecida. A realidade não é virtual, não está é revelada pela demonstração. Isto é como aquele famoso autarca socialista que arrebanha 80% de votos favoráveis, que se gaba de não saber ler plantas e exige a todos maquetas. É algo concreto, é a realidade visual e táctil necessária ao deferimento da obra pretendida. E já leva uns anos largos esta anedota sem denúncia pública.
São cada vez menos os socialistas da “máquina” mas as consequências são por sua vez maiores. Confirma-se a lei de Pareto, que afirma que 80% das consequências são fruto de 20% de causas. A tese que condena estes manhosos socialistas salva a democracia, são os meus votos. Mário Soares diz que é “bom uma cura de oposição”, seria, se neste tempo onde é necessário pensar o futuro, esta malta que capturou o partido tivesse o mínimo de respeito por eles próprios, e evitasse a indignidade de serem varridos do sistema democrático por inutilidade.
Está construída uma pseudo utilidade para o Partido Socialista. É uma construção jornalística e só existe por ainda se alimentar uma outra farsa, de que a rua é controlada por esta cambada que se diz socialista. Uma tremenda mentira, creio mesmo que esta se vai voltar em primeiro lugar para os próprios “mágicos” da desgraça, os que diziam que a culpa era daqueles que não os deixavam governar.
O povo não é assim tão lerdo das ideias como parece. A demonstração está feita, o voto no PSD de Ferreira Leite não existiu por ter visto com segurança que de alguém seco e relho nada de bom viria. Foi medo, agora é esperança e raiva, protesto. Podemos traçar um novo ciclo de reacção, a tradicional válvula de escape da nossa gente era a emigração, não acreditava na revolta por ser mais fácil esta solução, mas a emigração não dura para sempre, também aí as portas são já estreitas e assim temos as condições para uma tempestade perfeita, um acerto de contas com séculos de atraso.
Como a realidade concreta ainda leva tempo a chegar, permite não acorrer já aos incêndios, e de que serventia teria gritar ao lobo se ninguém o vê? São como as maquetas de um autarca de sucesso.
domingo, 5 de junho de 2011
Les jeux sont faits, rien ne va plus.
Les jeux sont faits, rien ne va plus (os dados estão lançados, não se aceitam apostas)
São 18 30 de domingo 5 de Junho, dia de eleições legislativas no nosso país. As urnas dos votos vão fechar às 7 00 da tarde no continente, porque ainda temos uma costela de legalistas deformados de tanto rigor formal. Esperamos mais uma hora em nome da não perturbação da votação nas ilhas, que mais do que é natural se estão nas tintas para essa pseudo influência, e para nós que não somos burros é lamentável que ninguém altere este estado de imbecilidade congénita dos pseudo democráticos legisladores de meia tigela.
Um amigo, temporariamente no Maputo, pede-me o meu prognóstico para as eleições de hoje. É um jogo que aceito com gosto, não é só ter a convicção de ser analista político, embora caseiro, há que correr os riscos do palpite para legitimar opiniões futuras. Assim, lá vai para a África antanha e profunda com saudades do amigo que em breve reveremos em aprazíveis tertúlias.
Com os risco da arte.
PSD 40% 100 deputados
PS 27 80 “
CDS 15 30 “
Be 5 10 “
PC/PEV 7 10 “
Na convicção de que há uma forte votação e de que a abstenção está entre os 30/35%.
São os meus desejos políticos e se não se encontrarem em paridade com o povo é este quem sabe. Não deixo de considerar que estamos perante um momento de viragem sociológica. Observei pela manhã os idosos do costume e no meio da tarde uma enchente de casais jovens. Vamos ver se o medo pende para o imobilismo ou para a mudança. Não será uma foto sócio-eleitoral clássica, estamos perante uma radiografia de alto contraste, direi em ampliando a minha leitura, que temos uma análise à saúde do sangue que nos vai nas veias.
São 19 00 horas, les jeux sont faits, rien ne va plus, a tal hora dos eternos provincianos.
Boa viagem de regresso.
São 18 30 de domingo 5 de Junho, dia de eleições legislativas no nosso país. As urnas dos votos vão fechar às 7 00 da tarde no continente, porque ainda temos uma costela de legalistas deformados de tanto rigor formal. Esperamos mais uma hora em nome da não perturbação da votação nas ilhas, que mais do que é natural se estão nas tintas para essa pseudo influência, e para nós que não somos burros é lamentável que ninguém altere este estado de imbecilidade congénita dos pseudo democráticos legisladores de meia tigela.
Um amigo, temporariamente no Maputo, pede-me o meu prognóstico para as eleições de hoje. É um jogo que aceito com gosto, não é só ter a convicção de ser analista político, embora caseiro, há que correr os riscos do palpite para legitimar opiniões futuras. Assim, lá vai para a África antanha e profunda com saudades do amigo que em breve reveremos em aprazíveis tertúlias.
Com os risco da arte.
PSD 40% 100 deputados
PS 27 80 “
CDS 15 30 “
Be 5 10 “
PC/PEV 7 10 “
Na convicção de que há uma forte votação e de que a abstenção está entre os 30/35%.
São os meus desejos políticos e se não se encontrarem em paridade com o povo é este quem sabe. Não deixo de considerar que estamos perante um momento de viragem sociológica. Observei pela manhã os idosos do costume e no meio da tarde uma enchente de casais jovens. Vamos ver se o medo pende para o imobilismo ou para a mudança. Não será uma foto sócio-eleitoral clássica, estamos perante uma radiografia de alto contraste, direi em ampliando a minha leitura, que temos uma análise à saúde do sangue que nos vai nas veias.
São 19 00 horas, les jeux sont faits, rien ne va plus, a tal hora dos eternos provincianos.
Boa viagem de regresso.
sábado, 4 de junho de 2011
A maldição dos PINTOS
Ontem pela SIC N, Mário Crespo, ouvi o velho mestre José Gil dizer do ainda primeiro-ministro em defuntas funções, que segunda-feira próxima respiraríamos todos melhor e que o dito cujus tinha uma doença de que não sabia o nome, por não ser especialista na matéria, usa somente o saber que o estudo do comportamento dos homens permite a todos.
Nada poderei dizer de tão radical, estou de acordo com o que afirma, penso o mesmo com a devida vénia caro professor, e se me é permitido, gostaria de juntar a este “pinto” de Sousa uma ninhada que há muito vem tirando o sono a muito boa gente, que não gosta de ser tratada de estúpida nem de ser manipulada por artistas de meio gabarito.
Um dos “pintos”, desta feita Fernando, que a minha atenção não dispensa, por ser primária na forma, é aquele que está há séculos a prometer saldos de gestão positivos para a TAP e que encontra sempre um culpado para acumular mais prejuízos de ruína à pobre transportadora. Ou é o preço do petróleo ou a falta de um aeroporto que jeito tenha, porque este rebenta pelas costuras, ou são as greves que retiram valor de milhões ao dia etc. Um bom despacho também seria de rigor.
Um “pinto” com tendência a enguia está à frente de quem deve zelar para termos um Estado de direito, como que um zelador de primeira pela legalidade do dito, em vez de uma coisa que todos dizem que não funciona e que, quando resolve, é pior a emenda que o soneto. Seguramente só se alimenta de milho legítimo, mas dá a pior imagem dessa realidade. As trapalhadas em que se deixa envolver parecesse o grude com que os políticos gostam de ligar tudo e todos.
Um outro “pinto”, este na qualidade Marinho, com especiais responsabilidades representativas da arte do direito e da sua funcionalidade social. Mais se parece com um imaturo sem causas, imagem que assume, em quem se apoia a miúdo como de bengala, não por estilo mas por necessidades de equilíbrio. Só nesta dimensão nacional o seu trato público é questionável, não será um legítimo mestre, mais se enquadra num espalha brasas sem sentido. Fica-lhe mal argumentos de tasca nas críticas às decisões de justiça, por comparações genéricas de “comem todos” ou não há justiça da pura igualitária. Do comem todos pela mesma medida, bravura sem sentido.
Este é o último “pinto” da Costa, talvez o grande mestre de tão ilustre confraria. Com a mais longa permanência no super nível dos poleiros deste reino. Outros haveria, mas ele é especial e representativo pelo seu “saber fazer”, do que se deve evitar num Estado de direito, onde as contas devem ser públicas e transparentes a todos, pois só assim se pode ir ao mercado pedir dez milhões e ter ofertas de cem, como foi publicitado nestes dias. Está em férias, um líder assim dá gosto.
Cantam todos de galo a pátria nem tanto.
Sábado 4 de Junho de 2011
Nada poderei dizer de tão radical, estou de acordo com o que afirma, penso o mesmo com a devida vénia caro professor, e se me é permitido, gostaria de juntar a este “pinto” de Sousa uma ninhada que há muito vem tirando o sono a muito boa gente, que não gosta de ser tratada de estúpida nem de ser manipulada por artistas de meio gabarito.
Um dos “pintos”, desta feita Fernando, que a minha atenção não dispensa, por ser primária na forma, é aquele que está há séculos a prometer saldos de gestão positivos para a TAP e que encontra sempre um culpado para acumular mais prejuízos de ruína à pobre transportadora. Ou é o preço do petróleo ou a falta de um aeroporto que jeito tenha, porque este rebenta pelas costuras, ou são as greves que retiram valor de milhões ao dia etc. Um bom despacho também seria de rigor.
Um “pinto” com tendência a enguia está à frente de quem deve zelar para termos um Estado de direito, como que um zelador de primeira pela legalidade do dito, em vez de uma coisa que todos dizem que não funciona e que, quando resolve, é pior a emenda que o soneto. Seguramente só se alimenta de milho legítimo, mas dá a pior imagem dessa realidade. As trapalhadas em que se deixa envolver parecesse o grude com que os políticos gostam de ligar tudo e todos.
Um outro “pinto”, este na qualidade Marinho, com especiais responsabilidades representativas da arte do direito e da sua funcionalidade social. Mais se parece com um imaturo sem causas, imagem que assume, em quem se apoia a miúdo como de bengala, não por estilo mas por necessidades de equilíbrio. Só nesta dimensão nacional o seu trato público é questionável, não será um legítimo mestre, mais se enquadra num espalha brasas sem sentido. Fica-lhe mal argumentos de tasca nas críticas às decisões de justiça, por comparações genéricas de “comem todos” ou não há justiça da pura igualitária. Do comem todos pela mesma medida, bravura sem sentido.
Este é o último “pinto” da Costa, talvez o grande mestre de tão ilustre confraria. Com a mais longa permanência no super nível dos poleiros deste reino. Outros haveria, mas ele é especial e representativo pelo seu “saber fazer”, do que se deve evitar num Estado de direito, onde as contas devem ser públicas e transparentes a todos, pois só assim se pode ir ao mercado pedir dez milhões e ter ofertas de cem, como foi publicitado nestes dias. Está em férias, um líder assim dá gosto.
Cantam todos de galo a pátria nem tanto.
Sábado 4 de Junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Batista Bastos in DN de 1de Junho de 20011
Enquanto Sócrates é uma combinação de grotesco, no qual o desvario inventa o seu próprio infinito, Passos Coelho é um homem perigoso pelo que afirma e, sobretudo, por aquilo que involuntariamente dissimula. Com as ameaças que faz de "mudar" tudo, inclusive o que não é necessário alterar, demonstra uma inconsciência muito próxima do furor incontrolável de quem acaba por revelar as suas dualidades.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
In Comissão do Mercado De Valores Mobiliários
Sumário Executivo.
No presente relatório exploraram-se pela primeira vez, de forma sistematizada, dados individualizados relativos a variáveis associadas aos membros de alguns órgãos sociais determinantes no governo das várias sociedades. Tal análise permitiu apurar que existiam 446 cargos em órgãos de administração das sociedades cotadas que eram ocupados por 426 indivíduos diferentes. Estes administradores exerciam funções executivas e/ou não executivas, em média, em 8,2 empresas (cotadas e não cotadas), subindo este valor para 11,1 empresas entre os membros executivos dos órgãos de administração das sociedades analisadas.
Entre os 426 administradores, pouco menos de um em cada quatro desempenhava funções de administração em apenas uma empresa. Constatou-se, porém, que cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de 1000 lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas. A acumulação de funções patente nestes números poderá ser um motivo de reflexão para os accionistas destas empresas.
Digo eu….
È uma pena… só há um (1) que acumula mais… de (60) cargos de administração. É só fazer as contas, em cada um dos 22 dias que o mês tem em média, trabalha como um louco em duas empresas. Seguramente que é uma de manhã e a outra de tarde. Pobre cavalheiro, e a Sra. da Alemanha a afirmar que se trabalha pouco. Uma ova.
Com meia dúzia deste calibre a crise já era….
Quem é o GAJO ?
No presente relatório exploraram-se pela primeira vez, de forma sistematizada, dados individualizados relativos a variáveis associadas aos membros de alguns órgãos sociais determinantes no governo das várias sociedades. Tal análise permitiu apurar que existiam 446 cargos em órgãos de administração das sociedades cotadas que eram ocupados por 426 indivíduos diferentes. Estes administradores exerciam funções executivas e/ou não executivas, em média, em 8,2 empresas (cotadas e não cotadas), subindo este valor para 11,1 empresas entre os membros executivos dos órgãos de administração das sociedades analisadas.
Entre os 426 administradores, pouco menos de um em cada quatro desempenhava funções de administração em apenas uma empresa. Constatou-se, porém, que cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de 1000 lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas. A acumulação de funções patente nestes números poderá ser um motivo de reflexão para os accionistas destas empresas.
Digo eu….
È uma pena… só há um (1) que acumula mais… de (60) cargos de administração. É só fazer as contas, em cada um dos 22 dias que o mês tem em média, trabalha como um louco em duas empresas. Seguramente que é uma de manhã e a outra de tarde. Pobre cavalheiro, e a Sra. da Alemanha a afirmar que se trabalha pouco. Uma ova.
Com meia dúzia deste calibre a crise já era….
Quem é o GAJO ?
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O ARRASTÃO SOCIALISTA
O arrastão é uma modalidade de assalto colectivo praticada por um grupo numeroso, geralmente em ambiente urbano, que rouba as pessoas e os espaços por onde se desloca.
Ficaram célebres em todo o mundo os arrastões praticados nas praias brasileiras por dezenas de miúdos das favelas miseráveis do Rio de Janeiro, como a máxima expressão da miséria social e extrema necessidade em que viviam.
O arrastão de que fui vítima moral é muito recente, praticado por dirigentes socialistas a nível local. Tomou a mesma forma de arrastão ao engajarem tudo o que veio à rede como recentes socialistas, com direito a homenagem (a que a maioria nem respondeu à chamada) conjunta com os que ostentem mais de trinta anos de sólida permanência nas fileiras. Recusei a palhaçada e retirei-me da indigna encenação.
Com que engodo, desconheço. O propósito é bem claro, é estratégia do mais alto nível, desesperados pelo fim de um ciclo em que eles próprios passarão a vítimas por culpa própria. Esgotaram as fórmulas de enganar o povo, é um fracasso total.
O desespero é ridículo. Ficou conhecida a comitiva de idosos rurais frente ao hotel na noite das últimas eleições. O último grito de modernidade, relatam os jornais das frentes da campanha eleitoral, os socialistas “contrataram” imigrantes asiáticos que nem português falam.
Os que ostentam turbante de siks foram os que mais deram nas vistas em pleno Alentejo, todos munidos de bandeiras que agitavam com zelo a troco de uma refeição quente, dizem. Foram prontamente recambiados ao ponto de partida, após ter sido denunciada a caricatura de militantes. Os pobres devem ter voltado para a fome do seu quotidiano.
Vai durar muitos anos para que o povo volte a acreditar no socialismo ou em socialistas, o futuro não será feito com esta gente. A tese que condena o PS salva a democracia. Assim o espero.
Ficaram célebres em todo o mundo os arrastões praticados nas praias brasileiras por dezenas de miúdos das favelas miseráveis do Rio de Janeiro, como a máxima expressão da miséria social e extrema necessidade em que viviam.
O arrastão de que fui vítima moral é muito recente, praticado por dirigentes socialistas a nível local. Tomou a mesma forma de arrastão ao engajarem tudo o que veio à rede como recentes socialistas, com direito a homenagem (a que a maioria nem respondeu à chamada) conjunta com os que ostentem mais de trinta anos de sólida permanência nas fileiras. Recusei a palhaçada e retirei-me da indigna encenação.
Com que engodo, desconheço. O propósito é bem claro, é estratégia do mais alto nível, desesperados pelo fim de um ciclo em que eles próprios passarão a vítimas por culpa própria. Esgotaram as fórmulas de enganar o povo, é um fracasso total.
O desespero é ridículo. Ficou conhecida a comitiva de idosos rurais frente ao hotel na noite das últimas eleições. O último grito de modernidade, relatam os jornais das frentes da campanha eleitoral, os socialistas “contrataram” imigrantes asiáticos que nem português falam.
Os que ostentam turbante de siks foram os que mais deram nas vistas em pleno Alentejo, todos munidos de bandeiras que agitavam com zelo a troco de uma refeição quente, dizem. Foram prontamente recambiados ao ponto de partida, após ter sido denunciada a caricatura de militantes. Os pobres devem ter voltado para a fome do seu quotidiano.
Vai durar muitos anos para que o povo volte a acreditar no socialismo ou em socialistas, o futuro não será feito com esta gente. A tese que condena o PS salva a democracia. Assim o espero.
sábado, 21 de maio de 2011
Ex-socialista está preso.
Ex-socialista está preso.
Conheci o Júlio Santos como Presidente da Câmara de Celorico de Basto quando este promovia com grande arraial em pleno Martim Moniz, no coração de Lisboa, os produtos regionais da sua terra, excelente Queijo da Serra com um aroma e sabor que se mantêm todos estes anos.
Foi-me apresentado por um seu conterrâneo que não se detinha em polir a façanha deste jovem advogado, que tinha ganho as eleições ao PSD no virar do século. Na realidade, o que me foi dado observar no dito camarada, é que este era senhor de uma desenvoltura muito pouco comum. Observação referenciada ao nosso amigo “se aquilo não era demais para um conselho de pouco mais de cinco mil almas, embora com invejáveis duzentos e cinquenta quilómetros de área”. Nem pensar.
Segui pelos jornais as voltas que o prodígio e seu conselho levaram, progresso e riqueza eram a marca do sucesso, quer com a marca PS quer com a sua própria marca foi sempre eleito, e ainda é vereador no presente mandato.
A polícia agarrou-o a comprar o jornal e dai à prisão foi um salto, o destino óbvio em resultado de vários processos com recursos transitados em julgado. (?) Passaram dez anos para esta estrela ter caído do céu.
A minha questão é a de saber: se continuasse socialista a justiça teria sido tão célere? Pelo que me é dado ver em outras praças deste território, a conclusão é óbvia.
Conheci o Júlio Santos como Presidente da Câmara de Celorico de Basto quando este promovia com grande arraial em pleno Martim Moniz, no coração de Lisboa, os produtos regionais da sua terra, excelente Queijo da Serra com um aroma e sabor que se mantêm todos estes anos.
Foi-me apresentado por um seu conterrâneo que não se detinha em polir a façanha deste jovem advogado, que tinha ganho as eleições ao PSD no virar do século. Na realidade, o que me foi dado observar no dito camarada, é que este era senhor de uma desenvoltura muito pouco comum. Observação referenciada ao nosso amigo “se aquilo não era demais para um conselho de pouco mais de cinco mil almas, embora com invejáveis duzentos e cinquenta quilómetros de área”. Nem pensar.
Segui pelos jornais as voltas que o prodígio e seu conselho levaram, progresso e riqueza eram a marca do sucesso, quer com a marca PS quer com a sua própria marca foi sempre eleito, e ainda é vereador no presente mandato.
A polícia agarrou-o a comprar o jornal e dai à prisão foi um salto, o destino óbvio em resultado de vários processos com recursos transitados em julgado. (?) Passaram dez anos para esta estrela ter caído do céu.
A minha questão é a de saber: se continuasse socialista a justiça teria sido tão célere? Pelo que me é dado ver em outras praças deste território, a conclusão é óbvia.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Será da vida, como diria o outro?
Sempre considerei a Páscoa como uma coisa estranha e difícil de compreender, um verdadeiro mistério para a minha jovem cabecinha. Como se pode passar da dor, da tristeza e do recolhimento, para a festa de sexta a domingo? Como já sou um pouco mais crescidote e como o tempo ajuda a juntar os elementos dispersos, entendo sem esforço como esta construção de quente e frio tem uma carga simbólica. É assim desde os primórdios da humanidade e, como ela, é necessária aos ritos da vida, da celebração e da renovação.
Muito mais complicado de entender são os “ritmos” da nossa gente. Esta é seguramente muito mais complicada. Não vejo nada de racional ou de humano no agir natural, mesmo que bárbaro, muito mais compreensível na luta com um touro, uma quase bênção, onde se mede coragem e valentia, comparado com o ser conduzido em aberrantes manadas nas idas ao circo em que se transformou o nosso desporto de massas. É um espectáculo degradante e impossível de entender.
Há comportamentos pouco inteligíveis mas de conveniência objectiva, mesmo que pouco ou nada legítimas, mas o que dizer ou pensar de actos gratuitos a que só a loucura colectiva pode dar algum entendimento.
Quem está atento aos detalhes, e o diabo está nos detalhes como se diz, pode com facilidade ver pequenas coisas reveladoras de que algo está menos saudável neste povo. É nesta época do ano que se verifica a grande transumância moderna, que de racional pouco tem. É uma pequena guerra com mortos e feridos servidos à hora do jantar, com a banalidade da morte na face dos mensageiros de serviço. É duro viver este tempo de fraca e desnecessária demência.
Quem observar mais fino pode ver nas imagens da tragédia, que é servida como complemento de festa, uns cívicos de serviço de ar grave, como convêm ás autoridades que se prezam, que estas estão equipadas para montar com os seus botins da ordem, mas cavalos por perto não há, só os dos inferiores carritos devidamente emblematizados para prestígio da arma a que pertencem. Não será uma forma de loucura esta farsa menor, sintomática de doença mais profunda? Onde se julgam? Na cavalaria? Só por tradição e comodismo se pode ainda dizer tal nome. Cavalaria é de cavalos. Nem deve ser muito prático carregar nos aceleradores dos carritos com aquelas botas de cano alto.
Muito mais complicado de entender são os “ritmos” da nossa gente. Esta é seguramente muito mais complicada. Não vejo nada de racional ou de humano no agir natural, mesmo que bárbaro, muito mais compreensível na luta com um touro, uma quase bênção, onde se mede coragem e valentia, comparado com o ser conduzido em aberrantes manadas nas idas ao circo em que se transformou o nosso desporto de massas. É um espectáculo degradante e impossível de entender.
Há comportamentos pouco inteligíveis mas de conveniência objectiva, mesmo que pouco ou nada legítimas, mas o que dizer ou pensar de actos gratuitos a que só a loucura colectiva pode dar algum entendimento.
Quem está atento aos detalhes, e o diabo está nos detalhes como se diz, pode com facilidade ver pequenas coisas reveladoras de que algo está menos saudável neste povo. É nesta época do ano que se verifica a grande transumância moderna, que de racional pouco tem. É uma pequena guerra com mortos e feridos servidos à hora do jantar, com a banalidade da morte na face dos mensageiros de serviço. É duro viver este tempo de fraca e desnecessária demência.
Quem observar mais fino pode ver nas imagens da tragédia, que é servida como complemento de festa, uns cívicos de serviço de ar grave, como convêm ás autoridades que se prezam, que estas estão equipadas para montar com os seus botins da ordem, mas cavalos por perto não há, só os dos inferiores carritos devidamente emblematizados para prestígio da arma a que pertencem. Não será uma forma de loucura esta farsa menor, sintomática de doença mais profunda? Onde se julgam? Na cavalaria? Só por tradição e comodismo se pode ainda dizer tal nome. Cavalaria é de cavalos. Nem deve ser muito prático carregar nos aceleradores dos carritos com aquelas botas de cano alto.
sábado, 9 de abril de 2011
MMC
Em conversa com um amigo recente de Manuel Maria Carrilho, (MMC) veio à baila este actor político pelas opiniões de hoje no Público, sobre o Primeiro-ministro Sócrates, onde o acusa de “trair o interesse nacional”.
De argumento em argumento, com uns prós e contras em mãos, sem conclusões que o levassem ao tapete das evidências, como é de regra também nestes debates, resolveu o meu amigo fazer um desafio. Escreva o que pensa de MMC e depois falaremos.
Tentando alinhar ideias, mas longe de o (MMC) imaginar como meu paciente em divã de psico. Nem é esse o nosso objectivo, meu e do amigo comum, somente tendo em conta a coerência da acção política que o move neste processo de profundas mudanças, e que vão varrer de alto a baixo este pântano que fede e onde é perigoso baixar a guarda.
Centrados no tema que nos interessa “quais são os objectivos políticos de MMC” por hipótese especulativa temos que encontrar pelo menos um, de outro modo a análise não pode ir mais longe. Pois desse modo só teríamos um analista político com ódios de estimação ou contas a acertar e ponto final.
Se a coerência existe esta leva-me a considerar que qualquer acção humana, livre e não constrangida, obedece a um princípio básico da vontade e do interesse, logo, temos que, observado o conjunto, este deve revelar os fins que a determinam. Reduzindo o todo ininteligível, como recomenda Descartes a elementos compreensíveis, reagrupando estes num todo coerente só podemos concluir que este político tudo tem feito para ser candidato a presidente da república.
Consolida a sua vida profissional e académica no topo da carreira, adere ao partido socialista com mais de trinta anos, com este na oposição, com suficiente lastro temporal para estar solidamente posicionado o momento chegado. Creio sem muito especular que as suas amizades socialistas parisienses estão de alguma forma ligadas à sua ascensão meteórica a ministro.
Como não é popular nem se vislumbra na sua acção política/mediática a mais leve ligação a uma causa caritativa ou mesmo cívica, estabeleceu-a na linha dos afectos com as massas, com uma eficácia assinalável ao constituir família com uma simpática e agradável personagem mediática que reside nos nossos ecrãs televisivos.
Candidato à mais importante câmara do país é derrotado por uma figura parda e de segunda linha do PSD, cujo nome poucos retêm, derrota tão mais emblemática pois ficou associada a um mau perder pouco digno. Sequelas que perduram nos tribunais onde é demandado em meio milhão de euros por Cunha Vaz a quem acusou de vários mimos. É bom ter presente que, mesmo em bate boca eleitoral, as ofensas à honra são severamente fustigadas pelos nossos Juízes.
Temível não só pelas ligações às elites mundanas, as que se espraiam na chique cidade difusora das modas globais, com a superioridade dos legítimos detentores da herança dos pensadores das luzes, mas também por ser comum a este “beau monde” de diplomatas e altos funcionários comunitários, que podem fazer e desfazer qualquer um. Político avisado não hostiliza este tipo de personagem, em regra de uma eficiência notável a criar factos políticos no vazio.
MMC é também um ser político partidário corajoso, não desperdiçando submeter a rupturas as suas ligações neste movediço terreno quando se esgota o objectivo útil da sua conveniência, sem ser oportunista é muito oportuno nos momentos de clivagem,
aí não é raro ver o seu oponente desviar o corpo da luta criando anteparas com as figuras que se prestam a tais funções. Os seus talentos estão desencontrados com aqueles que são os donos do voto, é como aquelas máquinas muito imponentes mas que não servem para levar a família à praia, mas a sintonia é possível, reduzindo uns e elevando os outros, todos ganham.
Este político de sessenta anos tem pela frente mais cinco anos para gerir os seus múltiplos tempos de antena, criando a imagem que melhor servir os seus desígnios. Porque se mantém MMC como militante do partido socialista? É de elementar juízo verificar que a maioria do eleitorado nacional é, por diversas razões, maioritariamente de esquerda, não sendo previsível a curto prazo que um desconhecido possa emergir vindo do nada para candidato fiável à presidência da república.
Não sendo homem de “tropas”, mesmo sem gravata aparenta estar a quilómetros dos estratos sociais que o poderão levar a qualquer liderança partidária em democracia, outra história bem diferente é uma candidatura a presidente da república. Já tem um modelo de “Mariana” em casa que substituirá, com enorme vantagem, as históricas primeiras damas, é meio caminho andado nestas jornadas, impossíveis sem se ter uma parceria activa comunicadora e muito empenhada a seu lado.
Catedrático com agregação como gosta de sublinhar, ostenta a Légiom d`Honneur e
variadas outra insígnias das mais diversas latitudes, que não deixarão de figurar num brilhante passado de honrarias e reconhecimento devidos a um estadista, a sublinhar uma personalidade polémica frontal q.b. para fazer um verdadeiro brilharete que nos fará esquecer a última e de triste memória campanha eleitoral para a presidência.
Comece quanto mais depressa melhor a preparar os meios e os aliados, não poderá passar sem uma boa dúzia de fiéis em quem terá de confiar. Os níveis de necessidade estão muito altos. O mais são detalhes, como todos sabemos.
É esta a melhor prosa que foi possível amanhar, mas sem pretensões, é especialmente para o meu caro amigo guardar com a data de Abril de 2011, após o pedido de ajuda ao FMI ou FEEF como alguém com a graça do costume nos quer impor.
De argumento em argumento, com uns prós e contras em mãos, sem conclusões que o levassem ao tapete das evidências, como é de regra também nestes debates, resolveu o meu amigo fazer um desafio. Escreva o que pensa de MMC e depois falaremos.
Tentando alinhar ideias, mas longe de o (MMC) imaginar como meu paciente em divã de psico. Nem é esse o nosso objectivo, meu e do amigo comum, somente tendo em conta a coerência da acção política que o move neste processo de profundas mudanças, e que vão varrer de alto a baixo este pântano que fede e onde é perigoso baixar a guarda.
Centrados no tema que nos interessa “quais são os objectivos políticos de MMC” por hipótese especulativa temos que encontrar pelo menos um, de outro modo a análise não pode ir mais longe. Pois desse modo só teríamos um analista político com ódios de estimação ou contas a acertar e ponto final.
Se a coerência existe esta leva-me a considerar que qualquer acção humana, livre e não constrangida, obedece a um princípio básico da vontade e do interesse, logo, temos que, observado o conjunto, este deve revelar os fins que a determinam. Reduzindo o todo ininteligível, como recomenda Descartes a elementos compreensíveis, reagrupando estes num todo coerente só podemos concluir que este político tudo tem feito para ser candidato a presidente da república.
Consolida a sua vida profissional e académica no topo da carreira, adere ao partido socialista com mais de trinta anos, com este na oposição, com suficiente lastro temporal para estar solidamente posicionado o momento chegado. Creio sem muito especular que as suas amizades socialistas parisienses estão de alguma forma ligadas à sua ascensão meteórica a ministro.
Como não é popular nem se vislumbra na sua acção política/mediática a mais leve ligação a uma causa caritativa ou mesmo cívica, estabeleceu-a na linha dos afectos com as massas, com uma eficácia assinalável ao constituir família com uma simpática e agradável personagem mediática que reside nos nossos ecrãs televisivos.
Candidato à mais importante câmara do país é derrotado por uma figura parda e de segunda linha do PSD, cujo nome poucos retêm, derrota tão mais emblemática pois ficou associada a um mau perder pouco digno. Sequelas que perduram nos tribunais onde é demandado em meio milhão de euros por Cunha Vaz a quem acusou de vários mimos. É bom ter presente que, mesmo em bate boca eleitoral, as ofensas à honra são severamente fustigadas pelos nossos Juízes.
Temível não só pelas ligações às elites mundanas, as que se espraiam na chique cidade difusora das modas globais, com a superioridade dos legítimos detentores da herança dos pensadores das luzes, mas também por ser comum a este “beau monde” de diplomatas e altos funcionários comunitários, que podem fazer e desfazer qualquer um. Político avisado não hostiliza este tipo de personagem, em regra de uma eficiência notável a criar factos políticos no vazio.
MMC é também um ser político partidário corajoso, não desperdiçando submeter a rupturas as suas ligações neste movediço terreno quando se esgota o objectivo útil da sua conveniência, sem ser oportunista é muito oportuno nos momentos de clivagem,
aí não é raro ver o seu oponente desviar o corpo da luta criando anteparas com as figuras que se prestam a tais funções. Os seus talentos estão desencontrados com aqueles que são os donos do voto, é como aquelas máquinas muito imponentes mas que não servem para levar a família à praia, mas a sintonia é possível, reduzindo uns e elevando os outros, todos ganham.
Este político de sessenta anos tem pela frente mais cinco anos para gerir os seus múltiplos tempos de antena, criando a imagem que melhor servir os seus desígnios. Porque se mantém MMC como militante do partido socialista? É de elementar juízo verificar que a maioria do eleitorado nacional é, por diversas razões, maioritariamente de esquerda, não sendo previsível a curto prazo que um desconhecido possa emergir vindo do nada para candidato fiável à presidência da república.
Não sendo homem de “tropas”, mesmo sem gravata aparenta estar a quilómetros dos estratos sociais que o poderão levar a qualquer liderança partidária em democracia, outra história bem diferente é uma candidatura a presidente da república. Já tem um modelo de “Mariana” em casa que substituirá, com enorme vantagem, as históricas primeiras damas, é meio caminho andado nestas jornadas, impossíveis sem se ter uma parceria activa comunicadora e muito empenhada a seu lado.
Catedrático com agregação como gosta de sublinhar, ostenta a Légiom d`Honneur e
variadas outra insígnias das mais diversas latitudes, que não deixarão de figurar num brilhante passado de honrarias e reconhecimento devidos a um estadista, a sublinhar uma personalidade polémica frontal q.b. para fazer um verdadeiro brilharete que nos fará esquecer a última e de triste memória campanha eleitoral para a presidência.
Comece quanto mais depressa melhor a preparar os meios e os aliados, não poderá passar sem uma boa dúzia de fiéis em quem terá de confiar. Os níveis de necessidade estão muito altos. O mais são detalhes, como todos sabemos.
É esta a melhor prosa que foi possível amanhar, mas sem pretensões, é especialmente para o meu caro amigo guardar com a data de Abril de 2011, após o pedido de ajuda ao FMI ou FEEF como alguém com a graça do costume nos quer impor.
sábado, 26 de março de 2011
A III carta aberta, e última, a José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista.
A primeira data de 2008. Era o estilo, a forma e a substância das políticas autoritárias de um regime sem sentido. Na segunda, Fevereiro de 2010, aí afirmava que a festa tinha acabado, pois concluía que não sabias fabricar dinheiro e sem ele ninguém dança. Fazia votos para que não saísses de cena fugido à justiça, mas tão só por determinação da tua consciência, como não aconteceu aos infelizes camaradas italianos de triste memória. Esta vai no sentido de alertar para evitar que não cometas suicídio político, singular e colectivo.
Não sabes ou não entendes. Vou tentar desta vez com palavras mais simples ser o mais claro possível. Na tua infância observaste que havia rapazinhos a quem a vida sorria sempre sem razão aparente, eram aqueles que partiam a velha loiça sem valor, recordação da avozinha, mãe e pai corriam em socorro tranquilizando “não faz mal, estava tão velhinha que mais tarde ou cedo tinha que acontecer”, ao contrário de outros que rapidamente encaixavam uns bons tabefes. Seguramente és dos primeiros e nunca dos segundos até aos dias de hoje.
Desta vez a história é bem diferente. A minha bola de cristal está muito límpida, como aqueles dias de primavera que se aproximam, brilhantes como diamantes perfeitos. Ganhaste as eleições internas com um desprezo olímpico pelo partido e pelos camaradas que ousaram concorrer contra ti, tão pouco por aqueles que não sabem porque em ti votam. Foi uma verdadeira inexistência a teus olhos a democracia interna do teu partido. Há quem goste ser o que não sabe o que é.
Vejo muito nítido o animal feroz que há na tua alma de político de província, já não sabes viver sem bajuladores e serviçais, são os pés descalços da vida que te encantam e alumiam a via-sacra do abismo, és um quase deus para essa corja de sem futuro. O país não é uma realidade menor, tens o hábito da impunidade, é esta que te dá a segurança dos déspotas em fim de vida.
É bom que saibas, mesmo que ganhes este lance, que foi o último, e o fim será na justa medida do logro em que colocaste o país. Será para ti o fim e, como os Távoras, clamarás inocência tão alto como o teu desespero, sem remédio possível o teu destino político será breve.
Não sabes ou não entendes. Vou tentar desta vez com palavras mais simples ser o mais claro possível. Na tua infância observaste que havia rapazinhos a quem a vida sorria sempre sem razão aparente, eram aqueles que partiam a velha loiça sem valor, recordação da avozinha, mãe e pai corriam em socorro tranquilizando “não faz mal, estava tão velhinha que mais tarde ou cedo tinha que acontecer”, ao contrário de outros que rapidamente encaixavam uns bons tabefes. Seguramente és dos primeiros e nunca dos segundos até aos dias de hoje.
Desta vez a história é bem diferente. A minha bola de cristal está muito límpida, como aqueles dias de primavera que se aproximam, brilhantes como diamantes perfeitos. Ganhaste as eleições internas com um desprezo olímpico pelo partido e pelos camaradas que ousaram concorrer contra ti, tão pouco por aqueles que não sabem porque em ti votam. Foi uma verdadeira inexistência a teus olhos a democracia interna do teu partido. Há quem goste ser o que não sabe o que é.
Vejo muito nítido o animal feroz que há na tua alma de político de província, já não sabes viver sem bajuladores e serviçais, são os pés descalços da vida que te encantam e alumiam a via-sacra do abismo, és um quase deus para essa corja de sem futuro. O país não é uma realidade menor, tens o hábito da impunidade, é esta que te dá a segurança dos déspotas em fim de vida.
É bom que saibas, mesmo que ganhes este lance, que foi o último, e o fim será na justa medida do logro em que colocaste o país. Será para ti o fim e, como os Távoras, clamarás inocência tão alto como o teu desespero, sem remédio possível o teu destino político será breve.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Teste. Por Teresa Vieira
Um dia agarraremos no horizonte como quem pega numa bandeira, incendiaremos o ar e o coração e fecharemos as janelas do mundo para que esta realidade não nos fuja das mãos.
E é preciso insistir, insistir para que a rosa supere a pedra.
Teresa Vieira
3.03.11
E é preciso insistir, insistir para que a rosa supere a pedra.
Teresa Vieira
3.03.11
terça-feira, 1 de março de 2011
…se isto não é uma garotada o que é?
É um estranho sentimento, cada vez mais frequente, penso que os nossos políticos estão brincando como crianças, já não medem as consequências dos seus actos e seus efeitos na opinião pública, estão no perfeito estado da irresponsabilidade.
Não consigo aferir se sou eu que estou ficando muito maduro e lúcido se são eles que estão a ficar infantilizados por se terem habituado à inimputabilidade das suas condutas, possivelmente conscientes de que o país se tornou o seu jardim-de-infância, e que é um direito seu comportarem-se como tal.
Uma das bizarrias que afere este juízo é dada pela notícia dos jornais de hoje. Um senhor deputado que é nacionalmente conhecido por ter metido no seu bolso uns gravadores de um jornalista em pleno Parlamento, exercendo as funções de vice-presidente da bancada do Partido Socialista, informa o país que até estaria de acordo em votar uma alteração do prazo para a tomada de posse de novo governo, de 80 dias para 50, mas como a oposição não votou o fim do número de eleitor proposto pelo PS, não estava para aí voltado. Se é uma deliberação do grupo o assunto é muito grave, se é fruto de mais uma alienação pessoal é caricata.
Amor com amor se paga, parece dizer, mas se isto não é uma garotada o que é?
Estou possivelmente velho de mais para ver este espectáculo ridículo da política à portuguesa. Outro rumo rapidamente ou podemos ficar todos ensandecidos.
Não consigo aferir se sou eu que estou ficando muito maduro e lúcido se são eles que estão a ficar infantilizados por se terem habituado à inimputabilidade das suas condutas, possivelmente conscientes de que o país se tornou o seu jardim-de-infância, e que é um direito seu comportarem-se como tal.
Uma das bizarrias que afere este juízo é dada pela notícia dos jornais de hoje. Um senhor deputado que é nacionalmente conhecido por ter metido no seu bolso uns gravadores de um jornalista em pleno Parlamento, exercendo as funções de vice-presidente da bancada do Partido Socialista, informa o país que até estaria de acordo em votar uma alteração do prazo para a tomada de posse de novo governo, de 80 dias para 50, mas como a oposição não votou o fim do número de eleitor proposto pelo PS, não estava para aí voltado. Se é uma deliberação do grupo o assunto é muito grave, se é fruto de mais uma alienação pessoal é caricata.
Amor com amor se paga, parece dizer, mas se isto não é uma garotada o que é?
Estou possivelmente velho de mais para ver este espectáculo ridículo da política à portuguesa. Outro rumo rapidamente ou podemos ficar todos ensandecidos.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
O Expresso não se dobra, o destino é que se adapta.
Dobrei-o para lhe dar o destino dos jornais já lidos. Na leitura do caderno principal do Expresso 2000, uma tarefa realizada com curiosidade pelas novas formas anunciadas, observa-se um refrescamento agradável, temos mais imagens que ilustram os temas, um assunto por página quando é exigível, publicidade à direita, e com as caras do costume.
Uma nova consciência jornalística? É cedo para foguetes, o Ricardo Costa não vai seguramente por aí, foi quase empurrado para as águas do Wikileaks, esclarece no editorial que “cumprirá as regras dos outros jornais”. E que se obriga a discutir os temas com as autoridades, quando necessário, afirma diligente e avisando como convêm.
Esta nova vida do Expresso nasce no momento cabalístico, virar o 2000 e vida nova, esta modernidade supersticiosa de gente modernaça arrepia como o ranger de portas em filme de terror, quem não quer não coma. O expresso passa e o seu estilo é norma para o resto do mundo jornalístico nacional, o mais que podem fazer é por os olhos no Rei.
Uma nova consciência jornalística? É cedo para foguetes, o Ricardo Costa não vai seguramente por aí, foi quase empurrado para as águas do Wikileaks, esclarece no editorial que “cumprirá as regras dos outros jornais”. E que se obriga a discutir os temas com as autoridades, quando necessário, afirma diligente e avisando como convêm.
Esta nova vida do Expresso nasce no momento cabalístico, virar o 2000 e vida nova, esta modernidade supersticiosa de gente modernaça arrepia como o ranger de portas em filme de terror, quem não quer não coma. O expresso passa e o seu estilo é norma para o resto do mundo jornalístico nacional, o mais que podem fazer é por os olhos no Rei.
Hoje no (I) Ana Gomes no seu melhor.
Acha que o processo Casa Pia influenciou a decisão de Jorge Sampaio de não convocar eleições, que levou à demissão de Ferro Rodrigues?
(Silêncio) É possível que sim, talvez inconscientemente também. Houve certamente pessoas que o Presidente Jorge Sampaio ouviu para quem isso era determinante. Sei que uma dessas pessoas foi, por exemplo, Jorge Coelho.
Não esperava a decisão de Jorge Sampaio?
Esperava que ele tomasse outra opção. Já conversei com ele e já lhe pedi desculpa pelo meu excesso de emotividade. Depois foi forçado a ir para eleições, o que não me admirou nada.
Armando Ramalho Há 40 minutos
Ana Gomes no seu melhor, uma no cravo outra na ferradura. Esta senhora entrou no PS como toda a gente sabe. Foi apresentada ao melhor estilo romano com uma entrada triunfal como sendo a magnifica presa do Ferro Rodrigues, foi directa a general. Tal qual o doutor de Coimbra quando Almeida Santos se referia a Vital Moreira. Ambos estão no que é uso dizer na mina é assim que na europa é conhecido o parlamento europeu, não por ser trabalho duro, mas sim por se ganhar ouro, tenha este a forma que tiver.Que lhes faça bom proveito, por mim afirmo que assinei a candidatura do Brotas e que lhe dê muito gozo a (ele). Para ser coerente devia afirmar que, se um dia tiver poder, mandaria para a prisão quem tivesse culpas no cartório. O tótó do Lélo é que é o mau da fita?Tenha mais coragem Ana Gomes e vá mais longe com a história do Jorge Coelho.
(Silêncio) É possível que sim, talvez inconscientemente também. Houve certamente pessoas que o Presidente Jorge Sampaio ouviu para quem isso era determinante. Sei que uma dessas pessoas foi, por exemplo, Jorge Coelho.
Não esperava a decisão de Jorge Sampaio?
Esperava que ele tomasse outra opção. Já conversei com ele e já lhe pedi desculpa pelo meu excesso de emotividade. Depois foi forçado a ir para eleições, o que não me admirou nada.
Armando Ramalho Há 40 minutos
Ana Gomes no seu melhor, uma no cravo outra na ferradura. Esta senhora entrou no PS como toda a gente sabe. Foi apresentada ao melhor estilo romano com uma entrada triunfal como sendo a magnifica presa do Ferro Rodrigues, foi directa a general. Tal qual o doutor de Coimbra quando Almeida Santos se referia a Vital Moreira. Ambos estão no que é uso dizer na mina é assim que na europa é conhecido o parlamento europeu, não por ser trabalho duro, mas sim por se ganhar ouro, tenha este a forma que tiver.Que lhes faça bom proveito, por mim afirmo que assinei a candidatura do Brotas e que lhe dê muito gozo a (ele). Para ser coerente devia afirmar que, se um dia tiver poder, mandaria para a prisão quem tivesse culpas no cartório. O tótó do Lélo é que é o mau da fita?Tenha mais coragem Ana Gomes e vá mais longe com a história do Jorge Coelho.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Até parece que sou bruxo, ver artigo sobre SMAS de Loures.
Do jornal i de 21 de fev de 2011
Os consumidores que não paguem a água a tempo vão passar a incorrer imediatamente em processo de execução fiscal, passando a pagar o dobro do valor que consta da factura. Até agora, os consumidores estavam sujeitos ao pagamento de juros de 1% ao mês.
Segundo avança o Correio da Manhã, este medida é imposta com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado de 2011.
Feitas as contas, se tiver uma factura no valor de 7,57 euros, por exemplo, passa a pagar 18,42 euros se esta for paga fora do prazo, refere um estudo da Câmara de Lagos, no Algarve.
"Com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado "deixa de haver um período de cobrança voluntária na tesouraria municipal apenas com acréscimo de juros, passando o pagamento, após o prazo, a efectuar-se somente em processo de execução fiscal, o que implica o pagamento adicional de encargos legais [custas processuais] ", afirma a Câmara de Lagos.
Os consumidores que não paguem a água a tempo vão passar a incorrer imediatamente em processo de execução fiscal, passando a pagar o dobro do valor que consta da factura. Até agora, os consumidores estavam sujeitos ao pagamento de juros de 1% ao mês.
Segundo avança o Correio da Manhã, este medida é imposta com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado de 2011.
Feitas as contas, se tiver uma factura no valor de 7,57 euros, por exemplo, passa a pagar 18,42 euros se esta for paga fora do prazo, refere um estudo da Câmara de Lagos, no Algarve.
"Com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado "deixa de haver um período de cobrança voluntária na tesouraria municipal apenas com acréscimo de juros, passando o pagamento, após o prazo, a efectuar-se somente em processo de execução fiscal, o que implica o pagamento adicional de encargos legais [custas processuais] ", afirma a Câmara de Lagos.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
No fundo até fazia sentido se fosse verdade.
O vereador Paulo Aido exigiu a demissão do Vereador Mário Máximo segundo o artigo do Nova Odivelas de 18 de Fevereiro, os motivos aparentes são a não realização de uma feira comercial para a dinamização do comércio local, que o primeiro atribui à falta de competência do segundo.
O vereador Aido aparece em cena pela via das listas do PSD nas últimas eleições locais, uma lista atípica que não incluiu em primeira linha as figuras cimeiras da estrutura local. O primeiro desta lista tem por hábito não frequentar as assembleias municipais e, como raramente temos conhecimento das suas actividades políticas, considerava que os eleitos PSD ocasionais estariam somente a cumprir calendário.
Esta investida do vereador Aido é muito estranha, e retirando o belo efeito nada poderá acontecer ao influente Máximo, senhor de dons políticos já revelados, mas ainda com super poderes ocultos, que em breve revelará os seus efeitos máximos dentro do novo alinhamento eleitoral no PS local.
Considero o vereador Aido uma personalidade segura e bem estruturada, mas, de um ponto de vista político, não lhe vejo futuro fora de uma estrutura partidária, constava que existiriam negociações para um lugar no executivo. Seria natural que a presidente vendo as eleições se aproximando, e não querendo seguramente abrir espaço a actores internos fora da sua estrutura nuclear, realizaria uma jogada de mestre, desguarnecia a oposição que não vai deixar de se agitar no momento chegado, por um lado, e por outro introduziria no seu reduto uma agitação de conflito e de suspeita política, como é óbvio.
O que falhou nesta minha especulação? Segundo me é dado imaginar, observando ou suspeitando de tais cenários temos a fonte deste desaguisado público, Mário Máximo não é trouxa, e daí a impor a sua força foi o resultado que se vê, “meu deus que não há feira”.
Com todo o respeito pelas reais e verdadeiras intenções do vereador Aido e considerando a sua análise e argumentos correctos na forma, tire o cavalinho da chuva, para já pelo menos, espere que o seu opositor se estampe “politicamente como é evidente” não vá o diabo tecê-las, pois o homem já se conduz a si mesmo, ou porque é mais seguro ou pelas paredes terem ouvidos.
Odivelas fev de 2011
armando ramalho
O vereador Aido aparece em cena pela via das listas do PSD nas últimas eleições locais, uma lista atípica que não incluiu em primeira linha as figuras cimeiras da estrutura local. O primeiro desta lista tem por hábito não frequentar as assembleias municipais e, como raramente temos conhecimento das suas actividades políticas, considerava que os eleitos PSD ocasionais estariam somente a cumprir calendário.
Esta investida do vereador Aido é muito estranha, e retirando o belo efeito nada poderá acontecer ao influente Máximo, senhor de dons políticos já revelados, mas ainda com super poderes ocultos, que em breve revelará os seus efeitos máximos dentro do novo alinhamento eleitoral no PS local.
Considero o vereador Aido uma personalidade segura e bem estruturada, mas, de um ponto de vista político, não lhe vejo futuro fora de uma estrutura partidária, constava que existiriam negociações para um lugar no executivo. Seria natural que a presidente vendo as eleições se aproximando, e não querendo seguramente abrir espaço a actores internos fora da sua estrutura nuclear, realizaria uma jogada de mestre, desguarnecia a oposição que não vai deixar de se agitar no momento chegado, por um lado, e por outro introduziria no seu reduto uma agitação de conflito e de suspeita política, como é óbvio.
O que falhou nesta minha especulação? Segundo me é dado imaginar, observando ou suspeitando de tais cenários temos a fonte deste desaguisado público, Mário Máximo não é trouxa, e daí a impor a sua força foi o resultado que se vê, “meu deus que não há feira”.
Com todo o respeito pelas reais e verdadeiras intenções do vereador Aido e considerando a sua análise e argumentos correctos na forma, tire o cavalinho da chuva, para já pelo menos, espere que o seu opositor se estampe “politicamente como é evidente” não vá o diabo tecê-las, pois o homem já se conduz a si mesmo, ou porque é mais seguro ou pelas paredes terem ouvidos.
Odivelas fev de 2011
armando ramalho
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Carta aberta sobre os meus velhos camaradas de partido.
Nestes últimos dias pelas páginas dos jornais dois deles trocaram desta forma as suas divergentes atitudes para com o estado a que isto chegou, ou seja, cada qual agarrou o tema pela vertente que melhor lhe poderia servir.
Natural que assim seja, de um lado o presidente do partido Almeida Santos homem de fino trato e de elevado gabarito intelectual, político ao melhor estilo de Richelieu, jurista de fino estilo e orador de irrepreensível prosa, insubmergível nas vicissitudes desta vida muito complicada de negócios, mentiras e traições que as altas esferas praticam com elevada frequência e sem nojo das consequências em que são mestres no aliviar de culpas.
Henrique Neto do outro lado da barricada,pois o tema virou em quase estado de guerra, um militante socialista fora do aparelho partidário, proprietário a justo título da mais relevante posição de anti-sistema, homem de fábrica, conhecedor de todos os degraus desta vida difícil para quem nasce pobre, duro no trato, sem rodriguinhos na forma, objectivo como aqueles que não têm tempo a perder, as formas só magoam quem aí se detiver, são detalhes com pouca valia na substância, têm por fundo a dor do engano, a mágoa do logro, palavra de rei, de honra, como político fora do seu tempo, onde as conveniências são regra.
Gosto especialmente de ambos, mais por sempre admirar e ignorar os que os faz agir e porque teimam nos seus papéis. São as mais das vezes homens úteis, seguramente conscientes da legitimidade dos seus actos e seguros da sua imprescindível valia nesta vida política que animam e de que se alimentam, sabem, estou disso convicto, que são usados, dando conforto aos pólos opostos desta louca barganha, viciada e triste.
Dos velhos camaradas que já partiram recordo o exemplo, para mim maior, do Tito de Morais, militámos os dois numa humilde secção de bairro desta nossa capital, e como era reconfortante para a minha irrequieta juventude a sua ternura num deserto de anuências.
Um momento de camaradagem, que nunca esquecerei, prenhe de algo indescritível, quando o dirigiam à mesa de voto, numas vulgares eleições internas, instalada num Hotel perto da avenida de Roma, numa maca, pois a sua longa existência física a isso o obrigava, me estendeu a sua mão amiga e comida da fraqueza dos anos, me segredou “Ramalho quem são os nossos?”, não me recordo o que lhe disse, hoje sei que ele será eternamente dos meus.
Espero continuar a considera-los como também dos meus.
Lisboa, Fevereiro de 2011
Armando Ramalho
Natural que assim seja, de um lado o presidente do partido Almeida Santos homem de fino trato e de elevado gabarito intelectual, político ao melhor estilo de Richelieu, jurista de fino estilo e orador de irrepreensível prosa, insubmergível nas vicissitudes desta vida muito complicada de negócios, mentiras e traições que as altas esferas praticam com elevada frequência e sem nojo das consequências em que são mestres no aliviar de culpas.
Henrique Neto do outro lado da barricada,pois o tema virou em quase estado de guerra, um militante socialista fora do aparelho partidário, proprietário a justo título da mais relevante posição de anti-sistema, homem de fábrica, conhecedor de todos os degraus desta vida difícil para quem nasce pobre, duro no trato, sem rodriguinhos na forma, objectivo como aqueles que não têm tempo a perder, as formas só magoam quem aí se detiver, são detalhes com pouca valia na substância, têm por fundo a dor do engano, a mágoa do logro, palavra de rei, de honra, como político fora do seu tempo, onde as conveniências são regra.
Gosto especialmente de ambos, mais por sempre admirar e ignorar os que os faz agir e porque teimam nos seus papéis. São as mais das vezes homens úteis, seguramente conscientes da legitimidade dos seus actos e seguros da sua imprescindível valia nesta vida política que animam e de que se alimentam, sabem, estou disso convicto, que são usados, dando conforto aos pólos opostos desta louca barganha, viciada e triste.
Dos velhos camaradas que já partiram recordo o exemplo, para mim maior, do Tito de Morais, militámos os dois numa humilde secção de bairro desta nossa capital, e como era reconfortante para a minha irrequieta juventude a sua ternura num deserto de anuências.
Um momento de camaradagem, que nunca esquecerei, prenhe de algo indescritível, quando o dirigiam à mesa de voto, numas vulgares eleições internas, instalada num Hotel perto da avenida de Roma, numa maca, pois a sua longa existência física a isso o obrigava, me estendeu a sua mão amiga e comida da fraqueza dos anos, me segredou “Ramalho quem são os nossos?”, não me recordo o que lhe disse, hoje sei que ele será eternamente dos meus.
Espero continuar a considera-los como também dos meus.
Lisboa, Fevereiro de 2011
Armando Ramalho
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Uf…. Mubarak, já “foste”!
Mais um que cantava de galo, ainda ontem na TV parecia de pedra e cal, autoritário como todos os tiranos, o povo enroscou-se sobre si próprio, hoje fez-se luz no belo país.
De um lado os tankes de guerra do outro as pedras e o suor. O desespero, as mortes, a fome de um povo de descamisados, o mundo vai conhecer outros dias de aflição para as bandas do Egipto, o problema não será mais Mubarak mas a estrutura e a forma de agir e pensar de uma clik que viveu à sombra de um ditador.
Enquanto durar a liberdade que aproveitem, têm todo o direito do mundo a fazer justiça pelos anos de miséria e de dor sobre a bota dos militares opressores.
De um lado os tankes de guerra do outro as pedras e o suor. O desespero, as mortes, a fome de um povo de descamisados, o mundo vai conhecer outros dias de aflição para as bandas do Egipto, o problema não será mais Mubarak mas a estrutura e a forma de agir e pensar de uma clik que viveu à sombra de um ditador.
Enquanto durar a liberdade que aproveitem, têm todo o direito do mundo a fazer justiça pelos anos de miséria e de dor sobre a bota dos militares opressores.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
“pai mata advogado com seis tiros”.
Na primeira viagem ao Brasil julguei-me, por vezes, dentro dos livros de história, em especial no momento em que pela praia deserta olhava o mar na direcção da Europa, pensando no que teriam sentido os portugueses da época dos descobrimentos, com o sentimento de distância, seguramente muito mais consistente que o nosso da era do jacto.
Vem isto a propósito do relato desta corja de jornalistas que vivem para títulos como o merceeiro vive para os preços simbólicos, do qualquer coisa e 99. A psicologia vem dar razão a quem marca preços ilusórios com os 99 e não sei quantos, dizem que quem lê interioriza menos que cem. Os culpados em última análise é quem lê assim, muito bem.
Um título jornalístico de hoje no Expresso levou-me a ler o artigo todo. Fui enganado. Como reza é assim: “pai mata advogado com seis tiros”. O que se pode deduzir deste título?
Um pai mata advogado a tiro, e por razão do nosso subconsciente a questão é posta: o que terá feito o pobre? Lida a notícia, nada de substancial como advogado, pois a realidade é a de um crime em família e a profissão de advogado ser totalmente colateral.
Um sogro mata o genro ponto final, ser advogado ou não é totalmente secundário,
assim como a profissão da filha do assassino, o facto de ser juíza só pode ter relevância social, nada mais.
Um palavrão de indignação para estes jornalistas de meia tigela: vão para a pata que os pôs, como diria a minha avó.
O poder paternal foi sumariamente resolvido por um sexagenário com a profissão de engenheiro, muito mais rápido que um supersónico tribunal.
Moral da história: ainda há quem diga que as classes baixas são violentas, estas não se matam a tiro pela a guarda dos filhos, quem quiser que os crie, e ainda bem.
Ser advogado só complicou a vida ao reformado engenheiro?
armando ramalho
Vem isto a propósito do relato desta corja de jornalistas que vivem para títulos como o merceeiro vive para os preços simbólicos, do qualquer coisa e 99. A psicologia vem dar razão a quem marca preços ilusórios com os 99 e não sei quantos, dizem que quem lê interioriza menos que cem. Os culpados em última análise é quem lê assim, muito bem.
Um título jornalístico de hoje no Expresso levou-me a ler o artigo todo. Fui enganado. Como reza é assim: “pai mata advogado com seis tiros”. O que se pode deduzir deste título?
Um pai mata advogado a tiro, e por razão do nosso subconsciente a questão é posta: o que terá feito o pobre? Lida a notícia, nada de substancial como advogado, pois a realidade é a de um crime em família e a profissão de advogado ser totalmente colateral.
Um sogro mata o genro ponto final, ser advogado ou não é totalmente secundário,
assim como a profissão da filha do assassino, o facto de ser juíza só pode ter relevância social, nada mais.
Um palavrão de indignação para estes jornalistas de meia tigela: vão para a pata que os pôs, como diria a minha avó.
O poder paternal foi sumariamente resolvido por um sexagenário com a profissão de engenheiro, muito mais rápido que um supersónico tribunal.
Moral da história: ainda há quem diga que as classes baixas são violentas, estas não se matam a tiro pela a guarda dos filhos, quem quiser que os crie, e ainda bem.
Ser advogado só complicou a vida ao reformado engenheiro?
armando ramalho
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O erro de Manuela F. Leite e de Marcelo R. de Sousa.
Estas eminentes figuras da nossa praça política ao considerarem que o tema levantado nos jornais por Jorge Lacão, ministro dos assuntos parlamentares deste governo de vésperas, sobre a queda de 230 para 180 deputados no parlamento nacional, ser este um efeito de diversão. Estão a léguas do xadrez político que a cabeça de mini Maquiavel socialista é capaz de engendrar.
O que faz mover JL não é mais um frete ao chefe, este ser político nunca se enganou nem no tempo nem no modo quando faz lances de aposta para que lado vai corre o mel e o leite, as recompensas políticas como é óbvio.
Basta ver a reacção corporativista do líder da bancada, um ser tiquoso com trejeitos de mau da fita, que não é, como se sabe, embora há tempos tenha sido sovado como tal pelos seus colegas desavindos de Felgueiras. A sua atitude em pleno parlamento revela o mais amplo desprezo do que é a vontade colectiva do partido no seu todo, como esta se deve formar e manifestar, gesto mais que repelente, do meu ponto de vista, pela forma como vejo o dever ser de um responsável político de primeiro nível, como é o caso de um líder de bancada.
Se remetesse a sua opinião para os órgãos de direito do partido estaria certo, assim revelou ser um homem de mão daqueles que sentem na proposta do ministro uma ameaça aos seus interesses mais mesquinhos e ilegítimos em democracia.
Só o partido na sua globalidade deve determinar quando e como os temas mais nobres da representação política nacional devem passar para a agenda e nunca o líder parlamentar. Dar por encerrado este especial assunto, não é da sua competência e atribuições. O Lacão tem revelado muita profundidade no subsolo da manha política partidária, nesta bisonha tarefa aposto nele, quem quiser que se cuide.
Batista Bastos, na sua crónica no Diário de Noticias de hoje, dá um retrato muito certeiro do PS tal e qual é nos nossos dias, quem conhece o partido e os artistas em cartaz só o pode acompanhar com tristeza na alma é certo, no forte recorte realista do infortúnio que é ser socialista com tal corja de manhosos. O nosso Egipto já.
Manuel Maria Carrilho, no mesmo jornal, com uma forma mais intelectualizada, aborda o prospectivo posicionamento político do que pode estar reservado ao partido se não mudar de rumo, se não acordarem para a substância do dever ser da política partidária.
Quando denuncia a armadilha do convite sinistro que lhe lançam para se apresentar a votos, citando o presidente e companhia, revela lucidez. Mas, quanto ao mais, a coragem física e o desassombro com que lida com o poder é conhecido, não é de agora, sei que a tem em dose bastante, o problema é de a sua imagem estar feita como político distante da vida das pessoas comuns, a sua proposta política não acerta com os desejos de quem vota.
Um partido nas bocas do mundo, como diz o povo, não é por boas razões seguramente.
Lisboa 4 de Janeiro de 2010
Armando Ramalho
O que faz mover JL não é mais um frete ao chefe, este ser político nunca se enganou nem no tempo nem no modo quando faz lances de aposta para que lado vai corre o mel e o leite, as recompensas políticas como é óbvio.
Basta ver a reacção corporativista do líder da bancada, um ser tiquoso com trejeitos de mau da fita, que não é, como se sabe, embora há tempos tenha sido sovado como tal pelos seus colegas desavindos de Felgueiras. A sua atitude em pleno parlamento revela o mais amplo desprezo do que é a vontade colectiva do partido no seu todo, como esta se deve formar e manifestar, gesto mais que repelente, do meu ponto de vista, pela forma como vejo o dever ser de um responsável político de primeiro nível, como é o caso de um líder de bancada.
Se remetesse a sua opinião para os órgãos de direito do partido estaria certo, assim revelou ser um homem de mão daqueles que sentem na proposta do ministro uma ameaça aos seus interesses mais mesquinhos e ilegítimos em democracia.
Só o partido na sua globalidade deve determinar quando e como os temas mais nobres da representação política nacional devem passar para a agenda e nunca o líder parlamentar. Dar por encerrado este especial assunto, não é da sua competência e atribuições. O Lacão tem revelado muita profundidade no subsolo da manha política partidária, nesta bisonha tarefa aposto nele, quem quiser que se cuide.
Batista Bastos, na sua crónica no Diário de Noticias de hoje, dá um retrato muito certeiro do PS tal e qual é nos nossos dias, quem conhece o partido e os artistas em cartaz só o pode acompanhar com tristeza na alma é certo, no forte recorte realista do infortúnio que é ser socialista com tal corja de manhosos. O nosso Egipto já.
Manuel Maria Carrilho, no mesmo jornal, com uma forma mais intelectualizada, aborda o prospectivo posicionamento político do que pode estar reservado ao partido se não mudar de rumo, se não acordarem para a substância do dever ser da política partidária.
Quando denuncia a armadilha do convite sinistro que lhe lançam para se apresentar a votos, citando o presidente e companhia, revela lucidez. Mas, quanto ao mais, a coragem física e o desassombro com que lida com o poder é conhecido, não é de agora, sei que a tem em dose bastante, o problema é de a sua imagem estar feita como político distante da vida das pessoas comuns, a sua proposta política não acerta com os desejos de quem vota.
Um partido nas bocas do mundo, como diz o povo, não é por boas razões seguramente.
Lisboa 4 de Janeiro de 2010
Armando Ramalho
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
O muro de Berlim em Odivelas.
Quando foi criado o nosso município, já lá vai muito tempo, durante os três anos de comissão instaladora, deveria ser este o momento certo para concluir a partilha total das realidades subjacentes à instalação da nova autarquia com Loures.
Mas se nada foi feito neste período, no mandato seguinte, no que se lhe sucedeu e ainda neste em curso, com representações variáveis dos três partidos representados na câmara, a indiferença persistiu, o tratado de Tordesilhas que se eterniza tinha e tem várias conveniências, umas mais confessáveis que outras. O que estava e está em causa são os serviços do SMAS, ou seja, a recolha dos lixos e o fornecimento das águas.
Poucos sabem a verdadeira razão porque continua tudo como dantes, eu sei de algumas e desconfio de outras, objectivamente, porque abordo agora publicamente este problema? Creio ter legitimidade acrescida pois considero ter tido algum papel, embora mínimo, na separação política do concelho de Loures e na criação do de Odivelas.
Outras razões de ordem egoísta são certas, por sofrer com a ruinosa situação de uma gestão no mínimo ridícula nas áreas do concelho de Odivelas onde habito.
Vejamos pois o que se passa, quando a data de uma factura dos serviços expira ao sábado seria normal que o ultimo dia para o seu pagamento passasse para a segunda-feira seguinte, mas não, nem no próprio sábado já é possível efectuar pagamento por meios informáticos, o serviço bloqueia. Razões para esta aberrante atitude gestatória? Possivelmente o valor dos juros que passam a constar na factura seguinte, mas a ser assim, para que obrigar os clientes a uma deslocação punitiva aos serviços para a sua liquidação, perdendo tempo, infligindo arrelias mais que ilegítimas que roem a saúde.
Se é de receitas que se trata, devem deixar correr o marfim, pois os juros que praticam são da ordem dos 1,5 % ao dia, a não ser que tenham incluído um taxa neste valor, uma multa, correctamente falando, mas nem para uma coisa nem outra têm legitimidade,
as doutas cabeças dão um titulo pouco descritivo de “serviços prestados/juros de mora”, como se de um empréstimo financeiro se tratasse.
O paroxismo, a sua maior intensidade, da aberrante situação gestatória dos serviços ocorre neste momento, os serviços estão em greve por cinco dias, os trabalhadores lá terão as suas razões, acresce que não temos serviço de águas por mais um rebentamento de condutas, caso que se repete com uma frequência pouco digna de uma gestão previdente.
Vamos ter um “Haiti” à porta de casa, montanhas de lixo à volta dos caixotes, e sem água nas habitações até quando? Este regabofe colonial de Loures vai durar até quando? Nem desculpas nem descontos nestes casos na factura seguinte. É obra.
Por alguma razão os idealistas da criação de um novo concelho, pela separação politica da coisa pública com Loures, para nos retirarmos das práticas distantes do poder em Loures, estão todos na clandestinidade da participação politica concelhia. Porque será?
Armando Ramalho
Mas se nada foi feito neste período, no mandato seguinte, no que se lhe sucedeu e ainda neste em curso, com representações variáveis dos três partidos representados na câmara, a indiferença persistiu, o tratado de Tordesilhas que se eterniza tinha e tem várias conveniências, umas mais confessáveis que outras. O que estava e está em causa são os serviços do SMAS, ou seja, a recolha dos lixos e o fornecimento das águas.
Poucos sabem a verdadeira razão porque continua tudo como dantes, eu sei de algumas e desconfio de outras, objectivamente, porque abordo agora publicamente este problema? Creio ter legitimidade acrescida pois considero ter tido algum papel, embora mínimo, na separação política do concelho de Loures e na criação do de Odivelas.
Outras razões de ordem egoísta são certas, por sofrer com a ruinosa situação de uma gestão no mínimo ridícula nas áreas do concelho de Odivelas onde habito.
Vejamos pois o que se passa, quando a data de uma factura dos serviços expira ao sábado seria normal que o ultimo dia para o seu pagamento passasse para a segunda-feira seguinte, mas não, nem no próprio sábado já é possível efectuar pagamento por meios informáticos, o serviço bloqueia. Razões para esta aberrante atitude gestatória? Possivelmente o valor dos juros que passam a constar na factura seguinte, mas a ser assim, para que obrigar os clientes a uma deslocação punitiva aos serviços para a sua liquidação, perdendo tempo, infligindo arrelias mais que ilegítimas que roem a saúde.
Se é de receitas que se trata, devem deixar correr o marfim, pois os juros que praticam são da ordem dos 1,5 % ao dia, a não ser que tenham incluído um taxa neste valor, uma multa, correctamente falando, mas nem para uma coisa nem outra têm legitimidade,
as doutas cabeças dão um titulo pouco descritivo de “serviços prestados/juros de mora”, como se de um empréstimo financeiro se tratasse.
O paroxismo, a sua maior intensidade, da aberrante situação gestatória dos serviços ocorre neste momento, os serviços estão em greve por cinco dias, os trabalhadores lá terão as suas razões, acresce que não temos serviço de águas por mais um rebentamento de condutas, caso que se repete com uma frequência pouco digna de uma gestão previdente.
Vamos ter um “Haiti” à porta de casa, montanhas de lixo à volta dos caixotes, e sem água nas habitações até quando? Este regabofe colonial de Loures vai durar até quando? Nem desculpas nem descontos nestes casos na factura seguinte. É obra.
Por alguma razão os idealistas da criação de um novo concelho, pela separação politica da coisa pública com Loures, para nos retirarmos das práticas distantes do poder em Loures, estão todos na clandestinidade da participação politica concelhia. Porque será?
Armando Ramalho
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
“Onde estão os homens?”
Caro Senhor Henrique Monteiro
O seu artigo de hoje no Expresso “ Sinais de Declínio Ou Mudança?” é bem claro e segue a substância do título, de facto, analisa as motivações e os últimos resultados eleitorais e retira daí as suas conclusões.
Nada contra e direi mesmo que não estou longe de me considerar partidário das quase óbvias leituras que faz, só que, ao esticar o artigo para a especulação política e da forma mais conveniente da sua reorganização, ficou reduzido a uma quase nulidade argumentativa, porque não funda em nada a sua especulação.
Não revela bases académicas para suportar as suas propostas, quais as leituras de estudo em que funda as suas ligeiras opiniões, quais os critérios e as análises de casos com alguma semelhança, creia que jeitinho e umas "larachas" elaboradas no café com os amigos não abonam em nada um jornal que se quer de referência.
Termina, e é este o motivo porque lhe dirijo esta missiva, perguntando “Onde estão os homens?”, creio que o sentido do seu epílogo é o de que o Sócrates não tem oponentes porque não há homens com coragem política dentro do partido socialista.
É aqui que estou em total oposição às suas considerações, há homens dentro e fora do partido socialista, posso garantir-lhe sem medo de ser contraditado.
Há bem pouco tempo, num programa da SIC, o Expresso da meia-noite, vi e ouviu, toda a mesa a concordar com a jornalista da TSF, em catarse seguramente, que seriam os senhores jornalistas os verdadeiros culpados da fraca qualidade das alternativas partidárias.(onde estava incluído)
É um facto que quem decide quem é quem no circo mediático e da forma como se faz política no nosso país são os senhores jornalistas, esquecem ou nunca souberam, como em Paris ao Mário Soares davam o mesmo tratamento, só um sobredotado como ele pôde apanhar o comboio da história, não conheço mais nenhum.
Direi que ao recusarem antena “aos lunáticos e idealistas que lhes batem à porta”, foi a vossa expressão, estão a plantar no verdadeiro deserto das alternativas os aprendizes de tiranos que aguardam na fila o total apodrecimento das situações, no remanso das mordomias do sistema, pensei que tinham convictamente acordado para a realidade de que são os principais responsáveis. Mas não, saiu este “onde estão os homens”? É no mínimo triste e balofo, mas assumo o seu desafio.
Tenha o senhor coragem para falar comigo, dos anos que levo de partido, quase fundador, a licenciatura e o mestrado que obtive em ciência politica, na Católica e no ISCSP, as eleições que já disputei no interior do partido, proposto por mais de 800 militantes de Lisboa e perto de 20% dos votos em directas, quer contra o Jorge Coelho ou Edite Estrela para a estrutura partidária. O ter apresentado uma pré- -candidatura a secretário-geral do partido socialista nas últimas eleições etc, não fez o Expresso cair do pedestal onde se coloca, foi só silêncio, fruto da conveniência ou só incompetência?
Que lhes faça bom proveito a auto-suficiência que alardam, são majestáticos com a vossa atitude, mas por favor não se queixe de que não há homens. Ninguém tem coragem de defrontar Sócrates, afirma desafiante. Tenha dó de si e da sua coragem.
Armando Ramalho
O seu artigo de hoje no Expresso “ Sinais de Declínio Ou Mudança?” é bem claro e segue a substância do título, de facto, analisa as motivações e os últimos resultados eleitorais e retira daí as suas conclusões.
Nada contra e direi mesmo que não estou longe de me considerar partidário das quase óbvias leituras que faz, só que, ao esticar o artigo para a especulação política e da forma mais conveniente da sua reorganização, ficou reduzido a uma quase nulidade argumentativa, porque não funda em nada a sua especulação.
Não revela bases académicas para suportar as suas propostas, quais as leituras de estudo em que funda as suas ligeiras opiniões, quais os critérios e as análises de casos com alguma semelhança, creia que jeitinho e umas "larachas" elaboradas no café com os amigos não abonam em nada um jornal que se quer de referência.
Termina, e é este o motivo porque lhe dirijo esta missiva, perguntando “Onde estão os homens?”, creio que o sentido do seu epílogo é o de que o Sócrates não tem oponentes porque não há homens com coragem política dentro do partido socialista.
É aqui que estou em total oposição às suas considerações, há homens dentro e fora do partido socialista, posso garantir-lhe sem medo de ser contraditado.
Há bem pouco tempo, num programa da SIC, o Expresso da meia-noite, vi e ouviu, toda a mesa a concordar com a jornalista da TSF, em catarse seguramente, que seriam os senhores jornalistas os verdadeiros culpados da fraca qualidade das alternativas partidárias.(onde estava incluído)
É um facto que quem decide quem é quem no circo mediático e da forma como se faz política no nosso país são os senhores jornalistas, esquecem ou nunca souberam, como em Paris ao Mário Soares davam o mesmo tratamento, só um sobredotado como ele pôde apanhar o comboio da história, não conheço mais nenhum.
Direi que ao recusarem antena “aos lunáticos e idealistas que lhes batem à porta”, foi a vossa expressão, estão a plantar no verdadeiro deserto das alternativas os aprendizes de tiranos que aguardam na fila o total apodrecimento das situações, no remanso das mordomias do sistema, pensei que tinham convictamente acordado para a realidade de que são os principais responsáveis. Mas não, saiu este “onde estão os homens”? É no mínimo triste e balofo, mas assumo o seu desafio.
Tenha o senhor coragem para falar comigo, dos anos que levo de partido, quase fundador, a licenciatura e o mestrado que obtive em ciência politica, na Católica e no ISCSP, as eleições que já disputei no interior do partido, proposto por mais de 800 militantes de Lisboa e perto de 20% dos votos em directas, quer contra o Jorge Coelho ou Edite Estrela para a estrutura partidária. O ter apresentado uma pré- -candidatura a secretário-geral do partido socialista nas últimas eleições etc, não fez o Expresso cair do pedestal onde se coloca, foi só silêncio, fruto da conveniência ou só incompetência?
Que lhes faça bom proveito a auto-suficiência que alardam, são majestáticos com a vossa atitude, mas por favor não se queixe de que não há homens. Ninguém tem coragem de defrontar Sócrates, afirma desafiante. Tenha dó de si e da sua coragem.
Armando Ramalho
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
"Na justiça é onde se sente a herança do salazarismo"
Camilo Lourenço conduz uma emissão dedicada ao tema "empreendedorismo". Veja aqui a quarta parte do programa "A Cor do Dinheiro", emitido a 16 de Janeiro de 2011.
aqui
aqui
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
bisonha tarefa
O retrato da realidade é a preto e branco mas certeiro pela natureza das coisas, vamos tentar dar um pouco de cor ao assunto que tristezas não pagam dívidas.
O impulso do comportamento “carneirada” ficou mais encolhido na grande área do Cavaco. Nos outros partidos é o facto mais relevante que se deve trabalhar para melhor conhecer os efeitos de mudança.(na carneirada desobediente)
Muita “gentinha” que se julgava dona da marabunta anda às “aranhas” com estes resultados. A palavra de ordem já está no terreno "não se muda" se não é pior.
Quanto ao “nosso amigo” Sócrates, tem razão o destino,os factos são factos, vou cumprimenta-lo brevemente, pelo estilo é na realidade insuperável. Não há no reino outro igual, como todos os fatinhos lhe caiem bem, é um político que nunca se amarrota, com aquela cara de santo de menino que vê Deus. Acredito que um destes dia vai chorar. O nosso amigo Almeida Santos, um dos donos da obra “Alegre” esteve desamparado do seu (dele) amigo Costa, seu sócio nesta bisonha tarefa, que se não deixou ver, esconder a mão (e a cara) não lhe fica bem
Como podem ver somos todos bons amigos.
O pior está mais à frente.(de nós claro está)
O impulso do comportamento “carneirada” ficou mais encolhido na grande área do Cavaco. Nos outros partidos é o facto mais relevante que se deve trabalhar para melhor conhecer os efeitos de mudança.(na carneirada desobediente)
Muita “gentinha” que se julgava dona da marabunta anda às “aranhas” com estes resultados. A palavra de ordem já está no terreno "não se muda" se não é pior.
Quanto ao “nosso amigo” Sócrates, tem razão o destino,os factos são factos, vou cumprimenta-lo brevemente, pelo estilo é na realidade insuperável. Não há no reino outro igual, como todos os fatinhos lhe caiem bem, é um político que nunca se amarrota, com aquela cara de santo de menino que vê Deus. Acredito que um destes dia vai chorar. O nosso amigo Almeida Santos, um dos donos da obra “Alegre” esteve desamparado do seu (dele) amigo Costa, seu sócio nesta bisonha tarefa, que se não deixou ver, esconder a mão (e a cara) não lhe fica bem
Como podem ver somos todos bons amigos.
O pior está mais à frente.(de nós claro está)
domingo, 23 de janeiro de 2011
perto do zero seria mais realista
Votei agora, são 15.30 do Domingo mais frio que se possa imaginar, olho o sítio da meteorologia na net e esta informa que estamos com 4º de mínima e 10º de máxima nesta capital do Reino, não acredito, estão enganados, perto do zero seria mais realista, deve ser do vento, dizem que parece mais frio, possivelmente verdadeiro.
Os dados da minha observação na ida e vinda às assembleias de voto são contraditórios, por um lado só jovens na casa dos trinta ou "entradotes" nas franjas dos "sessentas", onde estão os ditos de meia-idade? As aclamadas forças vivas desta nação que mais tem a perder ou ganhar com isto tudo.
Nos tempos em que a participação nas mesas era pura militância cívica tinha gosto em participar, hoje não quero ser confundido com os que por falta de convicções e só por necessidade, sempre são mais de setenta euros e a vida está difícil, se mascaram de activos agentes políticos, valha-nos S. Barbara, não vale enganar, a realidade é o que é.
A baixa participação dos eleitores e o sentido do seu voto vão permitir uma fotografia nítida do país real, se votarem como espero só quatro milhões de portugueses, o que dá uma abstenção nunca vista de sessenta por cento. Assim, teremos seguramente dois em Cavaco, milhão e meio em Alegre, quinhentos mil em Lopes do PC., sendo que não vejo por que raio deve o Nobre ter mais do que o Garcia Pereira nas últimas eleições (30.000), mas mesmo assim, sendo simpático, será um milagre que chegue ao dinheiro, isto é, aos cinco por centos dos votos, ou seja, na casa dos duzentos mil.
É muito à “pele” nestas minhas contas, teremos uma segunda volta muito interessante, com Alegre a fazer das tripas coração com a meta à vista, se este povo não votar em massa em Cavaco, e porque votaria? Se o resultado for definitivo desde já, não vou imigrar, seguramente será mais agradável ver esta direita reaccionária dar com os “burros” na água dentro de pouco tempo. É o que se diz quando alguém parece que ganha mas na realidade até perde e muito.
Os dados da minha observação na ida e vinda às assembleias de voto são contraditórios, por um lado só jovens na casa dos trinta ou "entradotes" nas franjas dos "sessentas", onde estão os ditos de meia-idade? As aclamadas forças vivas desta nação que mais tem a perder ou ganhar com isto tudo.
Nos tempos em que a participação nas mesas era pura militância cívica tinha gosto em participar, hoje não quero ser confundido com os que por falta de convicções e só por necessidade, sempre são mais de setenta euros e a vida está difícil, se mascaram de activos agentes políticos, valha-nos S. Barbara, não vale enganar, a realidade é o que é.
A baixa participação dos eleitores e o sentido do seu voto vão permitir uma fotografia nítida do país real, se votarem como espero só quatro milhões de portugueses, o que dá uma abstenção nunca vista de sessenta por cento. Assim, teremos seguramente dois em Cavaco, milhão e meio em Alegre, quinhentos mil em Lopes do PC., sendo que não vejo por que raio deve o Nobre ter mais do que o Garcia Pereira nas últimas eleições (30.000), mas mesmo assim, sendo simpático, será um milagre que chegue ao dinheiro, isto é, aos cinco por centos dos votos, ou seja, na casa dos duzentos mil.
É muito à “pele” nestas minhas contas, teremos uma segunda volta muito interessante, com Alegre a fazer das tripas coração com a meta à vista, se este povo não votar em massa em Cavaco, e porque votaria? Se o resultado for definitivo desde já, não vou imigrar, seguramente será mais agradável ver esta direita reaccionária dar com os “burros” na água dentro de pouco tempo. É o que se diz quando alguém parece que ganha mas na realidade até perde e muito.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Mesmo disfuncional, não cai.
Para bem e para mal, é nele e com ele que vamos viver. (o regime) As campanhas eleitorais implicam sempre demagogia e retórica ocas. Nesta eleição há dois campos - o do actual Presidente da República e o dos seus adversários das várias esquerdas.
Começando por estes e estas: as ideologias que justificaram e glorificaram os maiores desastres políticos e económico-sociais do país, autênticas ideias de destruição em massa, são as vulgatas comunistas, esquerdistas e socialistas radicais. Estas e os seus portadores são responsáveis pelo empobrecimento e a descapitalização das pessoas, das empresas e do país. É escandaloso que se apresentem como defensores da "independência nacional", cujas bases destruíram.
Cavaco Silva terá os ónus e custos de quem tem uma longa vida política com responsabilidades de primeiro plano no governo e no Estado. Incluindo más companhias, entre correlegionários e próximos, os jogos implícitos na política democrática e na magistratura de influência, pecados de omissão e erros de gestão.
Mas, com as limitações acima indicadas, o Presidente revelou patriotismo, realismo, idoneidade, capacidade profissional e experiência. Perante as alternativas - e os alternativos -, por estimáveis que sejam, não ficam dúvidas.
por Jaime Nogueira Pinto, Publicado em 17 de Janeiro de 2011 no jornal I
Começando por estes e estas: as ideologias que justificaram e glorificaram os maiores desastres políticos e económico-sociais do país, autênticas ideias de destruição em massa, são as vulgatas comunistas, esquerdistas e socialistas radicais. Estas e os seus portadores são responsáveis pelo empobrecimento e a descapitalização das pessoas, das empresas e do país. É escandaloso que se apresentem como defensores da "independência nacional", cujas bases destruíram.
Cavaco Silva terá os ónus e custos de quem tem uma longa vida política com responsabilidades de primeiro plano no governo e no Estado. Incluindo más companhias, entre correlegionários e próximos, os jogos implícitos na política democrática e na magistratura de influência, pecados de omissão e erros de gestão.
Mas, com as limitações acima indicadas, o Presidente revelou patriotismo, realismo, idoneidade, capacidade profissional e experiência. Perante as alternativas - e os alternativos -, por estimáveis que sejam, não ficam dúvidas.
por Jaime Nogueira Pinto, Publicado em 17 de Janeiro de 2011 no jornal I
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
não me desligar do “bando”
Seguindo a passada dos opinadores de serviço, isto é, não me desligar do “bando” como nas corridas de meio fundo, devo acrescentar ao tom geral um ângulo de análise sobre o qual ainda ninguém elaborou.
Na primeira eleição de Mário Soares, já existiam várias cabeças muito brilhantes no PS, apresentou-se também um “irmão inimigo” de seu nome Salgado Zenha. Se o Soares tivesse perdido as eleições, seguramente que o destino do país seria bem diferente, é ciência segura que as duas correntes iriam cada uma para seu lado. E que muito boa gente não chegaria nunca a lado algum, muito menos a ministro.
Só um milagre salva o país deste calvário, estamos perante um dilema, cadeia ou hospital? Venha o diabo e escolha.
O Alegre vai seguramente fazer a vida negra a muito boa gente dentro do PS, o que até não é nada mau, depois da derrota bem amarga e bem merecida. Não há quem diga a este génio da comunicação oral, para deixar o “fantasma em casa” e escrever e ler uns poemas, é o melhore que sabe e pode fazer.
O PS que fabricou este candidato está podre, pode ser tudo menos um partido político, aquilo é de alguns, são os “pais de Alegre” mais os que “deixam correr o marfim”, são todos culpados, devem ser julgados e condenados pelo mal que conscientemente provocam.
Eles fabricam a seu belo prazer os líderes, os candidatos para isto e aquilo, eles jogam no mal menor, não querem brigas, o tempo é dinheiro e este é poder, a máquina não pára de auto-manter-se, é uma lástima, raramente acertam.
É só definhar em simpatia popular e ampliar o castramento de vontades. É lamentável.
Na primeira eleição de Mário Soares, já existiam várias cabeças muito brilhantes no PS, apresentou-se também um “irmão inimigo” de seu nome Salgado Zenha. Se o Soares tivesse perdido as eleições, seguramente que o destino do país seria bem diferente, é ciência segura que as duas correntes iriam cada uma para seu lado. E que muito boa gente não chegaria nunca a lado algum, muito menos a ministro.
Só um milagre salva o país deste calvário, estamos perante um dilema, cadeia ou hospital? Venha o diabo e escolha.
O Alegre vai seguramente fazer a vida negra a muito boa gente dentro do PS, o que até não é nada mau, depois da derrota bem amarga e bem merecida. Não há quem diga a este génio da comunicação oral, para deixar o “fantasma em casa” e escrever e ler uns poemas, é o melhore que sabe e pode fazer.
O PS que fabricou este candidato está podre, pode ser tudo menos um partido político, aquilo é de alguns, são os “pais de Alegre” mais os que “deixam correr o marfim”, são todos culpados, devem ser julgados e condenados pelo mal que conscientemente provocam.
Eles fabricam a seu belo prazer os líderes, os candidatos para isto e aquilo, eles jogam no mal menor, não querem brigas, o tempo é dinheiro e este é poder, a máquina não pára de auto-manter-se, é uma lástima, raramente acertam.
É só definhar em simpatia popular e ampliar o castramento de vontades. É lamentável.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
"triste hábito de ser reverente"
Não é do BPN que quero agora tratar. Mas, como tudo nesta vida, este tema não anda muito longe de considerações semelhantes. O bom povo português tem o triste hábito de ser reverente onde pensa que existe poder, e raramente questiona de onde vem a legitimidade desta ou daquela atitude ou comportamento, e em especial dos que por princípio devem ser os garantes dos direitos e da legalidade.
Há muito que observo os presidentes das assembleias de freguesia e mesmo das câmaras afirmarem que o cidadão no uso da palavra, no tempo reservado ao público, não poderia manifestar-se sobre os temas discutidos ou em discussão nas respectivas assembleias.
Afirmam com frequência ser esta autoridade exercida nos termos da lei.
Como qualquer aluno de direito sabe, o Código Civil no artigo 6 afirma “que a ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecida”.
Visto o regimento, conjunto de normas que regulam o funcionamento da freguesia, só no seu artigo 22 (Funcionamento das Sessões) no número 2, se refere que o público dispõe de um período não superior a 45 minutos e que o uso da palavra será concedido pelo respectivo presidente da mesa, mediante prévia inscrição.
No artigo seguinte, 23 (Uso da Palavra) no ponto 1.5 concede que o tempo de intervenção não pode exceder (5) cinco minutos por cada interveniente e por uma só vez. Uma norma curiosa está no ponto (6) do mesmo artigo que permite que todos os números anteriores podem ser alterados por consenso da assembleia ou concessão da mesa. Não é aqui que se encontram as tais limitações ao uso da palavra pelo público.
Consultada a Lei nº 169/99 que estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e freguesias, no artigo 84 nº 1 determina que as sessões dos órgãos deliberativos das autarquias são públicas, no seu nº 4 esclarece que “a nenhum cidadão é permitido, sob qualquer pretexto, intrometer-se nas discussões e aplaudir ou reprovar as opiniões emitidas, as votações feitas e as deliberações tomadas…” e no seu nº 6 se afirma que nestas reuniões “há um período para a intervenção do público, durante o qual lhe serão prestados os esclarecimentos solicitados, nos termos definidos no regulamento.” (?)
Creio ser aqui que reside a possível confusão dos presidentes das assembleias sobre a limitação que normalmente impõem ao público sobre o âmbito e os termos das suas intervenções. Fica claro que o público, massa de gente, não se pode manifestar quando assiste aos trabalhos, nada mais é afirmado.
Diferente é um cidadão no uso do seu legítimo direito “solicitar esclarecimentos” que lhe devem ser prestados nos termos do regulamento, como a Lei obriga.
Antes de continuarem no mesmo erro devem os que para tal são eleitos, estudar ou consultar a Lei, afim de evitarem o recurso à responsabilidade pessoal prevista no artigo 97 da mesma lei no seu nº1, que pune comportamentos dolosos dos agentes e no nº2 alarga a responsabilidade solidariamente à própria autarquia.
Não interessa a ninguém polémica vã, nem é esse o meu propósito, mas como pude verificar, existe mesmo a convicção em alguns membro das assembleias, para além do presidente, do acerto e da legalidade deste entorse à lei, que com frequência se verifica, de limitar o exercício mais elementar em democracia, o direito de informar e ser informado e em especial quando envolvem eleitores e eleitos.
Há muito que observo os presidentes das assembleias de freguesia e mesmo das câmaras afirmarem que o cidadão no uso da palavra, no tempo reservado ao público, não poderia manifestar-se sobre os temas discutidos ou em discussão nas respectivas assembleias.
Afirmam com frequência ser esta autoridade exercida nos termos da lei.
Como qualquer aluno de direito sabe, o Código Civil no artigo 6 afirma “que a ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecida”.
Visto o regimento, conjunto de normas que regulam o funcionamento da freguesia, só no seu artigo 22 (Funcionamento das Sessões) no número 2, se refere que o público dispõe de um período não superior a 45 minutos e que o uso da palavra será concedido pelo respectivo presidente da mesa, mediante prévia inscrição.
No artigo seguinte, 23 (Uso da Palavra) no ponto 1.5 concede que o tempo de intervenção não pode exceder (5) cinco minutos por cada interveniente e por uma só vez. Uma norma curiosa está no ponto (6) do mesmo artigo que permite que todos os números anteriores podem ser alterados por consenso da assembleia ou concessão da mesa. Não é aqui que se encontram as tais limitações ao uso da palavra pelo público.
Consultada a Lei nº 169/99 que estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e freguesias, no artigo 84 nº 1 determina que as sessões dos órgãos deliberativos das autarquias são públicas, no seu nº 4 esclarece que “a nenhum cidadão é permitido, sob qualquer pretexto, intrometer-se nas discussões e aplaudir ou reprovar as opiniões emitidas, as votações feitas e as deliberações tomadas…” e no seu nº 6 se afirma que nestas reuniões “há um período para a intervenção do público, durante o qual lhe serão prestados os esclarecimentos solicitados, nos termos definidos no regulamento.” (?)
Creio ser aqui que reside a possível confusão dos presidentes das assembleias sobre a limitação que normalmente impõem ao público sobre o âmbito e os termos das suas intervenções. Fica claro que o público, massa de gente, não se pode manifestar quando assiste aos trabalhos, nada mais é afirmado.
Diferente é um cidadão no uso do seu legítimo direito “solicitar esclarecimentos” que lhe devem ser prestados nos termos do regulamento, como a Lei obriga.
Antes de continuarem no mesmo erro devem os que para tal são eleitos, estudar ou consultar a Lei, afim de evitarem o recurso à responsabilidade pessoal prevista no artigo 97 da mesma lei no seu nº1, que pune comportamentos dolosos dos agentes e no nº2 alarga a responsabilidade solidariamente à própria autarquia.
Não interessa a ninguém polémica vã, nem é esse o meu propósito, mas como pude verificar, existe mesmo a convicção em alguns membro das assembleias, para além do presidente, do acerto e da legalidade deste entorse à lei, que com frequência se verifica, de limitar o exercício mais elementar em democracia, o direito de informar e ser informado e em especial quando envolvem eleitores e eleitos.
domingo, 2 de janeiro de 2011
A minha mensagem de ano novo.
O ano 2011 já cá está.
É o primeiro domingo.
Chegou como se anunciasse a vinda de um Dom Sebastião. Num feio e triste dia de nevoeiro que cobre esta nossa Lisboa e arredores. Nem tudo o que começa mal deve acabar mal. O sol teima em romper, são as forças do tempo em harmonia com os seus ciclos, o abraço do quente e radioso memo que fugaz é mais sentido com mau tempo.
As crenças velhas pouco acrescentam, são poucos os que guardam as memórias colectivas e seus significados. O saber de séculos perde com a existência moderna dos segundos em que se volatilizam as vidas sem sentido.
Meia culpa de um passado que pariu tamanho presente, os jornalistas confessam esgotados os mandarins de serviço por desinteressantes, culpam-se sem remorso de não haver renovação, almas novas e lavadas, que os próprios castram sem vergonha, por dar trabalho e risco profissional.
Pouco há a acrescentar sobre as nuvens negras que pairam sobre as nossas vidas, cada um com as suas angústias, o seu passado, o seu orçamento, terá seguramente o seu futuro com mais ou menos acerto, o conformismo é geral “o que for se verá”. É o credo.
São os pequenos mundos e a sua própria natureza que, somados, formam o destino colectivo que todos querem feliz e sem mágoa, mas raros são os que querem contribuir.
Janeiro é mês “longo” para quem tem carteira “curta”, é estranho que só se vislumbre receios, parece que as chagas da alma têm vergonha do futuro, é um sentir desnecessário, desconfortável, pegajoso.
Seria uma bênção acreditar num Sebastião qualquer, ricos são os que constroem mesmo que só miragens, ser meio louco dá jeito nas calmarias tenebrosas, dá para não definhar sem solução, estiolar sem calor, caminhar nas trevas da desesperança, extinguir-se sem vil tristeza, lutando caminhando e nunca parando.
Se ainda vai haver um imenso Portugal como prometido na canção?
Duvido.
De épico só a grandeza do roubo, somos um imenso BPN.
Bom ano para todos.
É o primeiro domingo.
Chegou como se anunciasse a vinda de um Dom Sebastião. Num feio e triste dia de nevoeiro que cobre esta nossa Lisboa e arredores. Nem tudo o que começa mal deve acabar mal. O sol teima em romper, são as forças do tempo em harmonia com os seus ciclos, o abraço do quente e radioso memo que fugaz é mais sentido com mau tempo.
As crenças velhas pouco acrescentam, são poucos os que guardam as memórias colectivas e seus significados. O saber de séculos perde com a existência moderna dos segundos em que se volatilizam as vidas sem sentido.
Meia culpa de um passado que pariu tamanho presente, os jornalistas confessam esgotados os mandarins de serviço por desinteressantes, culpam-se sem remorso de não haver renovação, almas novas e lavadas, que os próprios castram sem vergonha, por dar trabalho e risco profissional.
Pouco há a acrescentar sobre as nuvens negras que pairam sobre as nossas vidas, cada um com as suas angústias, o seu passado, o seu orçamento, terá seguramente o seu futuro com mais ou menos acerto, o conformismo é geral “o que for se verá”. É o credo.
São os pequenos mundos e a sua própria natureza que, somados, formam o destino colectivo que todos querem feliz e sem mágoa, mas raros são os que querem contribuir.
Janeiro é mês “longo” para quem tem carteira “curta”, é estranho que só se vislumbre receios, parece que as chagas da alma têm vergonha do futuro, é um sentir desnecessário, desconfortável, pegajoso.
Seria uma bênção acreditar num Sebastião qualquer, ricos são os que constroem mesmo que só miragens, ser meio louco dá jeito nas calmarias tenebrosas, dá para não definhar sem solução, estiolar sem calor, caminhar nas trevas da desesperança, extinguir-se sem vil tristeza, lutando caminhando e nunca parando.
Se ainda vai haver um imenso Portugal como prometido na canção?
Duvido.
De épico só a grandeza do roubo, somos um imenso BPN.
Bom ano para todos.
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