O vereador Paulo Aido exigiu a demissão do Vereador Mário Máximo segundo o artigo do Nova Odivelas de 18 de Fevereiro, os motivos aparentes são a não realização de uma feira comercial para a dinamização do comércio local, que o primeiro atribui à falta de competência do segundo.
O vereador Aido aparece em cena pela via das listas do PSD nas últimas eleições locais, uma lista atípica que não incluiu em primeira linha as figuras cimeiras da estrutura local. O primeiro desta lista tem por hábito não frequentar as assembleias municipais e, como raramente temos conhecimento das suas actividades políticas, considerava que os eleitos PSD ocasionais estariam somente a cumprir calendário.
Esta investida do vereador Aido é muito estranha, e retirando o belo efeito nada poderá acontecer ao influente Máximo, senhor de dons políticos já revelados, mas ainda com super poderes ocultos, que em breve revelará os seus efeitos máximos dentro do novo alinhamento eleitoral no PS local.
Considero o vereador Aido uma personalidade segura e bem estruturada, mas, de um ponto de vista político, não lhe vejo futuro fora de uma estrutura partidária, constava que existiriam negociações para um lugar no executivo. Seria natural que a presidente vendo as eleições se aproximando, e não querendo seguramente abrir espaço a actores internos fora da sua estrutura nuclear, realizaria uma jogada de mestre, desguarnecia a oposição que não vai deixar de se agitar no momento chegado, por um lado, e por outro introduziria no seu reduto uma agitação de conflito e de suspeita política, como é óbvio.
O que falhou nesta minha especulação? Segundo me é dado imaginar, observando ou suspeitando de tais cenários temos a fonte deste desaguisado público, Mário Máximo não é trouxa, e daí a impor a sua força foi o resultado que se vê, “meu deus que não há feira”.
Com todo o respeito pelas reais e verdadeiras intenções do vereador Aido e considerando a sua análise e argumentos correctos na forma, tire o cavalinho da chuva, para já pelo menos, espere que o seu opositor se estampe “politicamente como é evidente” não vá o diabo tecê-las, pois o homem já se conduz a si mesmo, ou porque é mais seguro ou pelas paredes terem ouvidos.
Odivelas fev de 2011
armando ramalho
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