A 3M é uma multinacional centenária de origem americana com o maior nível de apreciações positivas. A sua história gira sempre à volta de uma ideia simples. Uma folha de papel com alguma coisa em cima. Isto é, a lixa, a simples lixa que deu milhões aos seus accionistas e traçou o futuro de uma das mais lucrativas companhias da história do capitalismo moderno.
A mais recente bomba do mundo dos negócios da simplicidade desta companhia foi a aplicação de uma sua descoberta, uma inutilidade há muito nos arquivos, somente há uma dúzia de anos deu fortunas em ganhos accionistas, uma simples cola que não cola, e a sempre eterna folha de papel.
Não estava esquecida a tal aberração da cola que não cola, só que não tinha aplicação, mas o seu dia chegou o Post-it, o famoso e indispensável papelinho colorido que liberta a memória do que não se deve esquecer. Aí está a novidade, o produto que vale milhões, contas bem feitas, a resma de papel passa do seu simples valor a vinte vezes mais.
Um socialista “Post-it” já estava inventado, só que não tinha aplicação por ser também uma inutilidade funcional, é certo que sempre servia para carregar as malas ao Soares nas andanças pela Europa, ou a qualquer secretário-geral de serviço sem ordenança, aí estava o senhor cola a tudo, a memória útil do servilismo barato, um menino para o serviço dos pequenos fretes, maneirista e elegante q.b.
O senhor “To Zé” deve ser um cidadão muito digno, não é disso que aqui trato, o meu alerta vai no sentido de que as várias colas que não colam, em conjunto até podem dar uma grande salganhada onde se embrulhem todos os sem sentido do que resta do partido, em lugares que querem preservar para si ou para a família ou próximos.
Os emplastros são muitos, desde o ex-governador civil de Lisboa, essa indignidade escabrosa que só não ganha o “podium” ao triste Nobre por ser opaco, aos inenarráveis “9 em cada 10 presidentes de camara estão com Seguro”. Avisado anda o velho Soares que não está para fretes e sempre vai largando avisos à navegação, que o melhor é “mudarem de vida”, mas quem está para aí virado?
A celebérrima estrela de Sintra meteu férias, ficou a “barbie” de serviço ao parlamento nacional, a que tinha como primeira escolha a eleita Presidente da Assembleia, só visto, nem chá bebe, é do melhor, são uns cola a qualquer líder possível ou imaginário, longe vá o agoiro, mas se estes dois putativos lideres fossem à vida, estariam a cantar loas ao próximo com a leviandade que as une.
A grande vantagem do “post-it” é que não deixa marcas e pode ser utilizado até a memória lhe tomar o lugar ou ter o destino da sua inutilidade por não ter razão de ser.
Com clarividência e lucidez, misturando-lhe humor q.b.,ironia suficiente, o sarcasmo necessário e justo sentido crítico, compos um texto político que se lê com agrado, numa altura em que já poucos suportam o tema.
ResponderEliminarÉ sempre bem vinda cara professora.
ResponderEliminarpergunto: autoriza-me a fazer comentários no seu blog?
ResponderEliminarvenha por bem Xico
ResponderEliminarA meu ver, a sua análise está perfeita. Vinda de um socialista, devia fazer reflectir os oportunistas que andam a destruir o partido onde se "matricularam". O que diz, é mesmo assim. Gostei da "Barbi". Perfeito! E todas as personagens estão certeiramente identificadas. Uns insignificantes "post-it". Só colados é que existem e existem para os outros, enquanto precisarem. Irão para o lixo quando terminar a sua função. Até o "Tozé" está a mostrar, a quem o conhecia mal e tinha ilusões, o que na realidade é. Agora entende-se "o arrastão"! Quem não quiser ser "post-it" não tem lugar no club. É caso para dizer : que sorte!
ResponderEliminarXico da memória,
ResponderEliminaré saudável ter um comentário concordante, mas não só, justifica as suas razões e conclui com "sorte". Muito bem.É sempre bem vindo.