Que povo é este que povo! Este verso pode dizer quase tudo o que se quiser, tanto pode ser entendido que este povo é uma maravilha, revela espanto, admiração e prazer na adesão e pertença. Mas também é legítimo entender noutro sentido, quando significa uma constatação de tristeza, de reprovação e de amargura de estar nele incluído.
É mais nesta segunda classificação que se deve analisar, quer o que vai por aí nas televisões e jornais a nível nacional, porque alguém nos classificou de lixo financeiro, quer mais junto de nós, o que nos acontece ao nível do patamar local, que são as próprias autarquias a darem tratamento de lixo ao seu próprio povo.
Um jornal local, Nova Odivelas, na edição de 8 de Julho trata com rigor o tema, relata o que sabe, informa e não elabora nem opina sobre a anulação das festas da cidade de Odivelas. Mas dá para ver o que não é dito nas entrelinhas, em especial para quem aprendeu a ler política no extinto jornal República, em plena ditadura e censura, órgão de referência dos socialistas da época, e que conhece os diversos actores envolvidos e as obrigações político-legais de que são responsáveis os agentes desta triste história.
Para os mais destraidos que julgam que “isto é quase o da Joana” e para os eleitos locais que agem como lhes dá na real gana, ficam avisados que estão muito, mesmo muito enganados. O partido comunista aborda o assunto politicamente no mesmo jornal, com uma atitude forte, classificando os agentes incumbimos da realização das festas da cidade, de incompetência e desleixo. Mas não chega. Há responsabilidade para lá da política, dos jogos de poder e da denúncia pública.
Em qualquer lugar do nosso país que se respeite, estes responsáveis partidários eleitos de meio gabarito já estavam a milhas da cidade, o povo dava-lhe uma coça de criar bicho que de exemplo ficasse para o futuro. Mas não indo por aí, há seguramente responsabilidade objectiva para agir no plano civil e penal contra estes eleitos, indignos do povo que dizem representar.
Não contem comigo para fazer o vosso trabalho. O meu partido já devia ter tomado uma posição em conformidade a bem da dignidade da política local e do partido em especial, com respeito pelo passado dos que serviram esta comunidade com as suas cores.
Tenham vergonha e cumpram o vosso dever de servir o povo, no mínimo informando qual é a vossa posição. A demissão dos socialistas do executivo da junta é mais do que adequada, não sejam cúmplices nesta calamidade que se abate sobretudo na pobre gente, aquela que nunca foi de férias.
As festas na cidade são as férias dos mais humildes, dos mais pobres, o contentamento possível ao nível das suas bolsas, até isso lhes querem roubar e ficarem impunes?
"DESGRAÇA" é a única palavra para qualificar uma realidade política sem "qualificação".
ResponderEliminarXico,
ResponderEliminare como uma desgraça nunca vem só, qual será a próxima?
O dono de um blog, que liga importância e comenta os comentários! É raro, mas é gratificante.
ResponderEliminarSempre lhe digo que a partir de agora não esperem outra coisa. A desgraça está instalada.
Mais uma parceria vai construir uma escola. Com o que vamos pagar até 2025, construíam-se , imaginem, 14 como aquela. Os cartazes da campanha, "obra feita", estavam incompletos. A desgraça, para quem assinou o contrato, é se a investigação se estende às cláusulas do aluguer do edifício onde funcionam os serviços administrativos!....
Xico da Memória,
ResponderEliminareu não sou dono de nada, uso e partilho.
Quanto ao que diz é mais um desgraça mas ao
quadrado. O que como sabe é uma desgraça que se
multiplica com outra e que dá muitos....
Bem podem ir a Fátima a pé, alimentados a pão e água....
ResponderEliminarMaria Máxima Vaz,
ResponderEliminarde facto um milagre é necessário.
Clarifique quem deve ir e pedir o quê?
Por mim a "família" devia ir para as galés.
Só faz penitência quem cometeu pecados...e precisa de perdão.
ResponderEliminarAs galés são justiça radical.
Há, porém grupos sociais que admitem o perdão concedendo indulgências. Foi vendendo indulgências que Leão X juntou capital para a catedral de S. Pedro.Quem as comprou quis obter perdão dos pecados....não sei se resultou...mas para o vendedor resultou.
Maria Máxima Vaz
ResponderEliminarpois. O medo das trevas faz pagar cá em baixo para evitar problemas na eternidade. É assim?
Ser radical é fazer pagar já para servirem de exemplo a todos de que não devem mexer no que não devem.
Há regras mínimas a observar, no Direito administrativo só se pode fazer o que a lei permite.
No Direito civil pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe.
São as grandes diferenças.
É um tremendo abuso generalizar a actividade dos Eleitos na Freguesia de Odivelas. Eu sou Eleito e desempenho a minha função com dignidade e certo de respeitar as convicções de quem me elegeu. Não falo do País, antes da Freguesia, da realidade. Critico construtivamente e suporto as minhas dúvidas com recomendações, mais do que banais intervenções. Tenho o meu registo que pode não ser o mais agradável, mas é certamente correcto e rigoroso e com a elevação que o órgão merece. É bom que tenhamos a coragem de separar as 'águas' e não meter tudo no mesmo saco.
ResponderEliminarJose Pignatelli,
ResponderEliminaronde é que vê um tremendo abuso em relação aos eleitos na sua generalidade? Não deve por-se em bicos dos pés, não é sequer referida a oposição.
Se faz parte do executivo então sim, pode legitimamente indignar-se mas com os seus pares.
Quanto aos rótulos que se auto atribui diz o povo que presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Dúvidas sobre a coragem dos outros é no mínimo típico de alguém muito valentão.Vamos ver como irá reagir ao tema das festas da cidade.
Volte sempre e no estilo que quiser ou souber.